Texto: Divulgação
De 18 a 20 de julho, o Rio de Janeiro (RJ) sediará o Encontro Nacional das Mulheres de Axé do Brasil. A atividade reunirá yalorixás, ekedis, iaôs e representantes de comunidades tradicionais de terreiro, com o objetivo de fortalecer o Matriarcado Afro-brasileiro e construir estratégias políticas de enfrentamento ao racismo e à violência contra os Povos de Matriz Africana. Promovido pela Rede Mulheres de Axé do Brasil, o evento ocorre no Museu de História e Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB), com intuito de gerar um espaço de denúncia, mobilização e afirmação dos saberes ancestrais. As pessoas interessadas devem preencher o formulário virtual para confirmar a participação.
A programação inclui rodas de conversa, plenárias, lançamento de livros, apresentações culturais e uma feira de afroempreendedoras. Estarão em pauta temas como o combate ao racismo religioso, afroempreendedorismo, saúde da população negra, juventude e educação, justiça climática, segurança alimentar e enfrentamento à violência de gênero. Também serão apresentadas iniciativas como o Observatório Contra o Ódio Religioso, a Casa das Mulheres de Axé do Brasil e campanhas nacionais contra o racismo institucional e a violência menstrual.
Durante o encontro, será elaborada uma Carta Formal aos Organismos Internacionais, que será encaminhada à Organização das Nações Unidas (ONU), à Organização dos Estados Americanos (OEA) e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
O Encontro também marcará o lançamento da Carta Política das Mulheres de Axé do Brasil. O documento apontará diretrizes para a atuação política em defesa dos direitos das comunidades tradicionais de matriz africana, além de definir a articulação nacional da Rede e suas coordenações estaduais.
No dia 19 de julho, será palco de um ato literário que reafirma a palavra como território de memória e resistência. Quatro autoras lançarão suas obras durante o evento: Iyá Vanda Machado, Iyá Kiusam de Oliveira, Ìyálorisá Martha Sales e Yakekerê Marta Ferreira D’Oxum.
“Esse encontro é mais que um evento. É um chamado ancestral, é mobilização política, é território de axé, afeto e luta!”, destaca a divulgação da Rede.