QUEM SOMOS
A Revista Afirmativa é um veículo multimídia de mídia negra. Rompemos com o discurso de pretensa imparcialidade pregado pela grande mídia, tradicionalmente racista, machista e heteronormativa, e já no slogan declaramos nosso lugar de fala: Somos nós, falando de nós, para todo mundo. Todo veículo de comunicação possui orientações políticas, negar este fato faz parte das estratégias dos veículos conservadores pela manutenção do poderes que representam.
Bem vindus* à Revista Afirmativa! Aqui você encontra jornalismo de qualidade, popular, diverso e humanizado, que renega o apelo sensacionalista e estereotipado de representação das pessoas negras. Experimentamos linguagens e enquadramentos novos. Apuração e aprofundamento da notícia é premissa do nosso trabalho.
A Afirmativa é feita pela Juventude Negra Voz Ativa, construindo mais um horizonte afirmativo para o jornalismo da diversidade e do direito à informação. A Revista Afirmativa é a principal estratégia de ação do coletivo de mídia negra Revista Afirmativa.
* É política da Revista Afirmativa a adoção de artigos que problematizem a desigualdade de gênero.
O COLETIVO
O coletivo de mídia negra Revista Afirmativa é um grupo composto de jornalistas e demais profissionais da comunicação, que atuam na militância pelo direito à comunicação da comunidade. As empresas e oligopólios da grande mídia são as principais responsáveis pela reprodução e fortalecimento de estereótipos racistas na sociedade brasileira. A Revista Afirmativa atua pela garantia da representatividade das pessoas negras na mídia, de maneira real, diversa, humanizada, útil e qualificada.
É nossa missão, através da comunicação, construir um novo imaginário sobre a população negra na sociedade brasileira, visando o fortalecimento da auto estima do nosso povo, violado de tantas formas pela ação do racismo, dentre elas, a falta de referenciais positivos nos meios de comunicação. É nosso compromisso denunciar o racismo em todas as suas nuances, bem como todo tipo de violação de direitos humanos. Nossas produções também prezam por visibilizar as formas criativas de resistências e solidariedade entre negras e negros.
O coletivo de mídia negra Revista Afirmativa promove ações que visam pautar as faculdades de comunicação da Bahia sobre a responsabilidade das instituições de ensino na invisibilização do debate racial e dos direitos humanos, nos cursos de comunicação, como o I Prêmio de Jornalismo Revista Afirmativa e o Lab Afirmativa de Jornalismo – Respeita a Favela!
HISTÓRICO
O coletivo de mídia negra Revista Afirmativa está organizado desde outubro de 2013, e realizou o lançamento oficial do portal Afirmativa e da primeira edição da revista impressa, no dia 19 de março de 2014, durante o I Encontro de Estudantes Negrxs da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), na cidade de Cruz das Almas – Ba. A revista foi um apanhado histórico, de conjuntura e perspectivas da luta por ações afirmativas no Brasil.
A revista e o coletivo nascem fruto da organização de três estudantes negrxs do curso de jornalismo da UFRB, que reuniram-se com a intenção de produzir um periódico que dialogasse com os colegas estudantes da instituição, majoritariamente negros. O sonho foi crescendo, e a Revista Afirmativa apresentou-se como potencial veículo de maior abrangência, com público leitor cativo na Bahia e em outros estados, sobretudo entre a juventude negra e as mulheres negras.
A segunda edição impressa da revista foi lançada no dia 3 de novembro de 2014, na cidade de Cachoeira, Recôncavo da Bahia. Esta edição abordou temas como racismo e intolerância religiosa, racismo ambiental, direito à terra, estética negra, mitos científicos sobre o corpo negro, entre outros temas.
Em julho de 2015 a Revista Afirmativa foi eleita entre os melhores pontos de mídia com abrangência local, em um concurso nacional organizado pelo Ministério da Cultura.
Em outubro de 2015, fomos selecionadas pelo intercâmbio Community Journalism, organizado pelo Consulado dos Estados Unidos no Brasil, e o Instituto Mídia Etnica (IME), em reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelo coletivo e pela revista.
Em julho de 2016 lançamos o I Prêmio de Jornalismo Afirmativa, para premiar e visibilizar produções de estudantes e jornalistas negrxs.
Em novembro de 2016, em razão da idealização da Revista Afirmativa, a jornalista Alane Reis foi citada entre as mulheres inspiradoras do ano pelo portal do internacional Think Olga.
Em novembro de 2018 lançamos nossa 3ª edição impressa. Em fevereiro de 2020 realizamos o intercâmbio “Narrativas Transnacionais de Mulheres Negras”, quando visitamos os países de Porto Rico e Costa Rica para troca de experiências com mídias negras e feministas. Em março de 2020 lançamos o Lab Afirmativa de Jornalismo – Respeita a Favela, o primeiro laboratório de jornalismo em mídia negra do Brasil.
QUEM FAZ A REVISTA

ALANE REIS
Jornalista e mestranda em Comunicação na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Pesquisa Mídias Negras e as elaborações dos movimentos negros brasileiros sobre projeto político de nação. É co-fundadora, repórter, editora, coordenadora de projetos, sonhadora e serviços gerais na Revista Afirmativa. Integra os Programas de Comunicação e Direitos Humanos do Odara Instituto da Mulher Negra; Atua na comunicação da Rede de Mulheres Negras do Nordeste; participa da Articulação Nacional de Negras Jovens Feministas (ANJF).

JONAS PINHEIRO
Jornalista e pesquisador da mídia negra, é graduado e mestre em comunicação pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Na Revista Afirmativa é editor, repórter e o que mais precisar. No mais, trabalha com assessoria e produção da banda PsiCORDÉLico, é amante da música, futebol, analista político de twitter e mais um preto “latino americano sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e residente do interior”

NAIARA LEITE
Jornalista, mestra em Comunicação, e atua há mais de dez anos com comunicação junto às organizações de mulheres negras na Bahia, na região Nordeste e no Brasil. Na Afirmativa é articuladora, coordenadora de projetos, problematizadora, e escritora de sonhos, sempre! É coordenadora do programa de comunicação do Odara Instituto da Mulher Negra. Integra o GT de comunicação do Fórum Permanente de Promoção da Igualdade Racial (FOPIR) e da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB).

JÉSZ IPÓLITO
Sagitariana de 28 anos, natural do interior de São Paulo. É idealizadora do blog gorda&sapatão, publicando textos sobre lesbianidade, negritude, feminismos, gordofobia e outros temas. Atualmente é graduanda em Gênero e Diversidade pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), trabalha com mídias sociais, elaboração e gerenciamento de projetos e marketing de impacto para organizações de mulheres negras. Também atua como estagiária no Núcleo População em Situação de Rua na Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE. É entusiasta de novas tecnologias, séries, filmes e cultura pop. Na Afirmativa, atua sobretudo com gestão de redes sociais.

THALITA MONTEIRO
Advogada e ativista, integrante do Grupo de Mulheres Negras Malunga e também da Articulação de ONG’s de Mulheres Negras Brasileiras – AMNB. É uma jurista ponte – entre a população negra e seus direitos, tentando traduzir o juridiquês para o pretuguês e potencializar Bem Viver do povo preto através de seus direitos, sempre de uma forma entendível e emancipadora. Na Afirmativa, ela apresenta o quadro mensal “Do Juridiquês ao pretuguês”.

PATRÍCIA ROSA
Graduada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela Faculdade UNIME Salvador. Sagitariana de 31 anos, moradora de Salvador e natural de Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano. Acredita e reforça a importância da mídia negra no combate contra o racismo. Com o objetivo de mostrar a realidade, apresentar histórias cotodianas que marcaram a construção do Brasil e que são esquecidas pelos principais veículos de imprensa.

MONIQUE RODRIGUES
Advogada, comunicadora e engajada na luta antirracista. Textos publicados na Folha de S. Paulo, no Estadão, na Carta Capital, na Revista Afirmativa e nos maiores portais jurídicos. Recém contemplada pelos programas YLAI (Young Leaders of America Initiative) nos EUA e também no programa Advocacy Hub. Co-Fundei o Afronta Coletivo, trabalho sociocultural protagonizado por mulheres negras que acredita na disseminação da cultura afrobrasileira. Também, participo da Comissão de Igualdade Racial e Direitos Humanos da subseção Osasco, do Comitê de Igualdade Racial do Grupo Mulheres do Brasil e da Educafro.

MARRY FERREIRA
Marry Ferreira é jornalista graduada pela Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro, e mestranda em Public Media na Fordham University, em Nova York. É envolvida com diferentes organizações negras nos Estados Unidos, concentrando seus esforços no uso da mídia para promover a igualdade de gênero e a justiça racial, sendo também uma das organizadoras da Marcha das Mulheres Negras no país em 2018 e 2019. Marry é atualmente Representante da Juventude nas Nações Unidas para a Associação Internacional de Mulheres em Rádio e Televisão (IAWRT-USA), e co-fundadora do Kilomba Collective, primeiro coletivo de mulheres negras brasileiras nos Estados Unidos. Ela é colunista na Afirmativa.