Pré-candidatas Negras Nordestinas são tema de Ted Talk feminista realizado em Pernambuco

As pré-candidatas vão compartilhar suas experiências na luta por direitos, pela ocupação de espaços políticos, disputas internas nos partidos e desafios das eleições de 2022

As pré-candidatas vão compartilhar suas experiências na luta por direitos, pela ocupação de espaços políticos, disputas internas nos partidos e desafios das eleições de 2022

Por Andressa Franco

O Observatório Feminista do Nordeste realiza neste sábado (23) a segunda edição do Ted Talk Mulheres Negras Falam, apresentando mulheres negras pré-candidatas no Nordeste que irão concorrer às eleições 2022. “Pré-candidatas Negras Nordestinas” é o tema do evento que acontece a partir das 14h no Espaço Motirô, em Olinda (PE).

Representantes de diferentes regiões do nordeste vão compartilhar suas próprias experiências na luta por direitos, pela ocupação de espaços políticos, disputas internas nos partidos e os desafios das eleições de 2022.

O principal objetivo é dar visibilidade ao trabalho realizado pelas mulheres negras em vários campos políticos, reconhecendo essa atuação como potencial transformador das realidades sociais. “É urgente que a gente possa mudar a cara da política institucional que existe hoje no nosso país e com isso garantir direitos sociais, garantir representatividade e mudar as estruturas.”, afirma Cecília Coentro, feminista, ativista antirracista, co-fundadora do Observatório Feminista do Nordeste. Ela também é uma das organizadoras do TEDf.

 O evento fará referência também ao Julho das Pretas demarcando a importância das discussões e ações para combater o racismo e a desigualdade social no país encabeçados pelas mulheres negras durante toda a história do país.

Desafios estruturais e violência política

Para Cecília, um dos principais desafios para as candidaturas das mulheres negras, assim como para pessoas LGBTQIA+, é a violência política, atrelada ao racismo estrutural e ao sexismo. Desafios que já começam dentro dos próprios partidos políticos. “A disputa começa dentro dos partidos. Há um crescimento de pré-candidaturas de companheiras pelo Brasil, mas temos até 15 de agosto para que sejam efetivadas, é o momento chave.”

A co-fundadora do Observatório chama atenção ainda para a importância do financiamento das campanhas dessas mulheres. “A nossa briga é pra que os 30% do fundo eleitoral de fato vá para candidatura das mulheres. E pra que a candidatura de mulheres negras e LBT’s seja financiada pelos partidos, porque não tem como fazer campanha política sem recurso”, completa.

A primeira edição do evento aconteceu em novembro de 2021 e contou com 10 mulheres negras ativistas de diferentes áreas compartilhando suas trajetórias e fortalecendo umas às outras na caminhada por uma sociedade que respeite e valorize as contribuições femininas negras.

Para participar enquanto ouvinte é só se inscrever aqui.

Conheça as palestrantes do Tedf Mulheres Negras Falam 2022.

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