Vereador de Tatuí (SP) é investigado por mensagens que incitam o racismo contra mulher

Na última terça-feira (29), um novo caso de racismo ganhou repercussão após a divulgação de mensagens de cunho racista e misóginas, atribuídas ao vereador Cláudio Oklahoma (PSL).

Claudião Oklahoma (PSL) supostamente teria enviado mensagens que atacam esposa de adversário político, utilizando de insultos como “carvão queimado” e “chita”

Por Anna Julia Fagundes

Imagem: Reprodução  

Na última terça-feira (29), um novo caso de racismo ganhou repercussão após a divulgação de mensagens de cunho racista e misóginas, atribuídas ao vereador Cláudio Oklahoma (PSL). Em prints vazados pela página Somos por Tatuí (SP), o vereador em troca de mensagens no Whatsapp chamou a companheira de um adversário político de: “neguinha”, “carvão queimado”, “chita” e entre outros adjetivos pejorativos. 

Entretanto, apesar das acusações, Cláudio publicou uma nota onde nega a autoria das mensagens e diz ter sido alvo de montagens que o prejudicaria, “sem qualquer nexo e/ou verdade, produzidos por um desafeto que há tempos vem atacando eu e minha família, por razões políticas, principalmente por não ter cedido a pressões políticas para beneficiar – ilicitamente – tal pessoa”.

Coletivos antirracistas e feministas da cidade pediram através de um abaixo-assinado nas redes sociais a cassação do político acusado. Em um comunicado, a Câmara relatou que as evidências estão sendo apuradas e que “não compactua com os atos supostamente cometidos por um membro do Poder Legislativo”.

Em seu depoimento, a mulher afirmou ter registrado um boletim de ocorrência contra Cláudio, e o Partido Democrático Trabalhista (PDT) pediu o afastamento do político de seu cargo por improbidade administrativa. O registro do protocolo também pede a cassação do vereador “por decorrência de ações racistas, sexistas e misóginas contra uma cidadã do município”.

De acordo com o advogado da vítima, Anderson Rodrigues Elias, embora sua cliente tenha tido  ciência do ocorrido há alguns dias, a troca de mensagens foi realizada em um grupo de políticos e empresários, no final do mês de fevereiro. Além disso, depois do conhecimento da vítima, o profissional revelou que o acusado tentou contato com a moça em seu local de trabalho, a questionando diversas vezes.

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