Familiares de jovens negros assassinados após furtarem pedaços de carne no Atakarejo fazem protesto

Familiares, do tio e sobrinho, assassinados após serem acusados de furtar carnes realizaram uma manifestação, na manhã desta sexta-feira (30), em frente do Ministério Público do Estado  (MP-BA), em Salvador (BA) cobrando explicações. O crime aconteceu no supermercado Atacadão Atakarejo, no bairro de Amaralina na última segunda-feira (26), quando Ian

Funcionários do estabelecimento, entregaram os dois rapazes a traficantes, após o suposto flagrante

Por Patrícia Rosa*
Imagem: 
Arisson Marinho/CORREIO 

Familiares, do tio e sobrinho, assassinados após serem acusados de furtar carnes realizaram uma manifestação, na manhã desta sexta-feira (30), em frente do Ministério Público do Estado  (MP-BA), em Salvador (BA) cobrando explicações.

O crime aconteceu no supermercado Atacadão Atakarejo, no bairro de Amaralina na última segunda-feira (26), quando Ian Barros Silva e Bruno Barros Silva, de 20 e 19 anos respectivamente, foram acusados de furtar a soma de carnes, no valor de R$ 700. Os corpos das vítimas foram encontrados com marcas de tiros e sinais de torturas  dentro de um  porta-malas de um carro, deixado no bairro de Brotas.

A mãe de um dos rapazes, Elaine Costa, falou para o Jornal Correio, sobre as ameaças sofridas, pelos seguranças da loja Atakarejo, e as tentativas de pagar o valor furtado, para não serem entregues a traficantes: “Ele ligou de dentro do mercado pelo WhatsApp, porque nem crédito ele tinha no celular, pedindo R$ 700 para pagar as carnes, mas não deu nem tempo da gente ir até lá. Ele falou ‘os seguranças já estão me entregando para os bandidos, pelo amor de Deus não me deixa ser morto’”, declarou Elaine.

Fotos que circulam nas redes sociais mostram Ian e Bruno em 2 momentos, o primeiro na área interna do estabelecimento sentados ao lado das carnes, e outro no instante em que já teriam sido entregues aos traficantes.

A família juntou o valor de R$300, mas não tiveram tempo de entregar o pagamento. Elaine ainda disse que, a família estava passando por dificuldades financeiras, mas que não entendia a soma de carne furtada. Os autores do crime também teriam pedido R$ 10.000, para liberar os jovens.

A rede de supermercados se pronunciou apenas por meio de nota informando que “que não compactua com qualquer ato em desacordo com a lei”.

 

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