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Com exibição em Salvador (BA), espetáculo revive origens do Candomblé Ketu

“Candomblé da Barroquinha”, em cartaz de 25 de janeiro a 9 de fevereiro, incluirá em sua proposta a celebração do "ajeum" – termo em yorubá que significa comida – como um símbolo de conexão ancestral
Imagem: Leticia França

Texto: Divulgação

O espetáculo inédito “Candomblé da Barroquinha” estreia no Espaço Cultural da Barroquinha, em Salvador, no dia 25 de janeiro, onde permanecerá em temporada até 9 de fevereiro. A montagem, dirigida por Thiago Romero e com texto de Daniel Arcades, explora as origens do Candomblé Ketu, a maior e mais popular nação dessa tradição no Brasil. Fundamentado em pesquisa histórica e cultural, o espetáculo aborda a resistência e a preservação das práticas ancestrais afro-brasileiras, utilizando a arte como instrumento de memória.

O enredo acompanha Marcelina e sua comunidade, cujas vivências cotidianas ilustram a reconstrução dos espaços sagrados devastados pela colonização. Inspirado na história de Iyá Adetá, Iyá Kalá e Iyá Nassô – figuras ligadas à fundação do Candomblé Ketu no Brasil –, a obra revisita narrativas sobre o templo situado no bairro da Barroquinha, apontado como o mais antigo do país. Thiago Romero destaca que o objetivo é oferecer uma reflexão sobre a memória não oficial que reside nos corpos, vozes e tradições afro-diaspóricas.

A produção conta com um elenco composto por artistas da cena baiana, como Nitorê Akadã e Larissa Libório. A coreografia é assinada por Nildinha Fonseca, do Balé Folclórico da Bahia, enquanto a direção de produção fica a cargo de Laise Castro. A experiência vai se expandir para além do palco, com instalações artísticas e performances que promovem uma ocupação multissensorial no espaço.

Uma das propostas do espetáculo é celebrar o “ajeum”, palavra em yorubá que significa comida, como símbolo de conexão ancestral. Para isso, a afrochef Paloma Zahír assina intervenções gastronômicas durante as apresentações, que reforçam a valorização das tradições afro-brasileiras. Além disso, a Kitanda, espaço de comercialização de produtos culturais, vai oferecer acessórios em estamparias africanas, obras da artista visual Thais Lago e quitutes tradicionais da culinária afro-baiana.

O projeto também busca resgatar a memória do bairro da Barroquinha como ponto de resistência e expressão cultural das comunidades negras de Salvador. A instalação artística que recepciona o público pretende reforçar essa relação com o território, remetendo à comercialização de produtos por pessoas pretas e ao legado dos ancestrais que transformaram o local em símbolo de resiliência.

As sessões serão acessíveis em Libras.


Serviço
Temporada: 25 de janeiro a 9 de fevereiro

Local: Espaço Cultural da Barroquinha (Rua do Couro, s/n – Barroquinha), Salvador

Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia), disponíveis no Sympla

Classificação indicativa: 14 anos

Realização: Dan Território

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