Coletivo Blogueiras Negras lança a exposição “Reflexos da Dignidade, Mulheres Negras e Bem Viver” em Recife (PE)

A mostra tem o intuito de oferecer ao público um recorte  sobre a interseção entre arte, comunicação e movimentos sociais, destacando o papel das mulheres negras na construção de novos imaginários  para o bem viver 

Da Redação

Com uma programação que inclui múltiplas expressões artísticas, como música, literatura e artes visuais, o Coletivo Blogueiras Negras inaugura, nesta quinta-feira (13), a exposição Reflexos da Dignidade: Mulheres Negras e o Bem Viver em Recife (PE), a partir das 19h. A mostra acontece no Museu da Abolição (MAB) e tem o objetivo de oferecer ao público um recorte sobre a interseção entre arte, comunicação e movimentos sociais, destacando o papel das mulheres negras na construção de novos imaginários para o bem viver.

A exposição apresenta  13 obras de cinco artistas brasileiros, incluindo a artista baiana Mariana Oliveira, as pernambucanas Mavinus, Priscila Ferraz e Yane Mendes, além da Coletiva Presentes Futuras. A mostra também incluirá itens do Acervo de Cultura Material Africana do MAB, instalações e outros materiais que ampliam a perspectiva do público sobre os temas abordados.

A mostra sugere uma análise detalhada da imagem e da arte como instrumentos de resistência e mobilização. Lays Araujo, mobilizadora estratégica do coletivo Blogueiras Negras, conta que, após  uma pesquisa inicial realizada com 10 organizações  sociais e do fortalecimento de parcerias estratégicas, foi chegado a constatação que é importante enfrentar a violência racial, indo além de suas expressões mais evidentes. “É preciso desafiá-la também nos campos simbólico, imagético e  discursivo. Uma perspectiva que também orienta nossa atuação como mídia  negra feminista”, destaca Lays Araujo.

Dentre as reflexões propostas, destaca-se a questão de como transformar o bem viver em uma prática cotidiana, ressignificando as narrativas e enfrentando os desafios impostos pelo racismo, sexismo, LGBTfobia e outras desigualdades estruturais. Wellington Silva é o curador do projeto, que conta com a curadoria dos historiadores Isabelle Ferreira e Samuel Santana, além do diretor de arte Sandir Costa. 

“Nessa exposição, uma cartografia se desenvolve a partir da arte e da  identidade, que deságua no desejo pelo bem viver e reforça a relevância da arte na construção de novas percepções de memória, cuidado, dignidade e afeto para  a população negra. Algo que jamais poderá ser realizado sem as mulheres  negras”, reforça Wellington Silva. 

Com entrada gratuita, a exposição permanecerá em cartaz até o dia 13 de maio no Museu da Abolição. A mostra é coproduzida pelo Mandume Cultura e tem o  apoio do programa Aliança Negra Pelo Fim da Violência e do Fundo Elas+. Para mais informações, o público pode acessar as redes sociais do @blogueirasnegras e do @museuabolicao

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