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Curta-metragem “Rosa Rosa” rompe barreiras e coloca mulheres negras com deficiência no centro do cinema

Primeiras protagonistas negras com Síndrome de Down estrelam um curta-metragem nacional
Imagem: Divulgação

Texto: Divulgação

O cinema brasileiro apresenta neste ano o curta-metragem Rosa Rosa, uma obra que coloca no centro da narrativa a trajetória de Rosa, jovem mulher negra com Síndrome de Down em seu primeiro emprego. A produção acompanha, em paralelo, a história de sua mãe, Mariana, que enfrenta os desafios da maternidade atípica e as incertezas diante da possibilidade de ter outro filho. A narrativa, ao atravessar duas gerações, expõe as tensões que envolvem racismo, deficiência e maternidade negra.

Rúbia Moraes e Izadora Gonçalves Fidelis assumem a interpretação de Rosa na vida adulta e na infância, tornando-se as primeiras protagonistas negras com Síndrome de Down a estrelarem um curta nacional. A escolha rompe com a invisibilidade histórica de pessoas negras com deficiência no audiovisual, deslocando estigmas e apontando novos caminhos para a representatividade.

No Brasil, entre 2019 e 2021, foram registrados 1.978 nascimentos de pessoas com Síndrome de Down, o que corresponde a uma prevalência de 4,6 para cada 10 mil nascidos, segundo dados do governo federal. A Síndrome de Down é uma uma condição genética caracterizada pela presença de três cópias do cromossomo 21 nas células, alteração que pode estar associada ao aumento da incidência de algumas patologias. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que a prevalência média global é de um a cada 700 nascimentos, o que reforça a importância de políticas públicas que assegurem diagnóstico precoce, acompanhamento especializado e inclusão social.

Idealizado pela produtora Opoente, Rosa Rosa nasce do desejo de ampliar a diversidade no cinema e dialogar com o público sobre temas urgentes. A obra recebeu apoio da Lei Paulo Gustavo 2023, conquistando a quarta colocação no edital, e já tem presença confirmada em festivais internacionais. A força do projeto está não apenas na história narrada, mas também em sua construção coletiva, que inclui pessoas com deficiência tanto na frente quanto atrás das câmeras.

A direção reúne Nana Lucarini, roteirista e autista, que dedica o filme à sobrinha com Síndrome de Down, e Stefani Alves, cineasta e produtora executiva com deficiência e mobilidade reduzida. A dupla marca um feito inédito ao afirmar a diversidade no comando criativo de um curta-metragem brasileiro.

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