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Marcha das Mulheres Negras lança Comitê de Justiça Climática para enfrentar racismo ambiental

Ativistas negras se reúnem em Belém(PA), no próximo dia 10 de outubro, para lutar contra desastres climáticos, reivindicar reparação e afirmar a centralidade de suas vozes na defesa do planeta
Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil

Texto: Divulgação

Os impactos da crise climática no Brasil e no mundo atingem, em maior número, as populações negras, periféricas e tradicionais, que sofrem os efeitos do racismo ambiental. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) apontou que, em 2022, pessoas negras correspondiam a 67% da população residente em áreas de risco ambiental no país.

Além disso, a população negra é a que mais sofre com a falta de saneamento básico, um direito essencial negado historicamente. Dados do Censo Demográfico do IBGE de 2022 mostram que 49 milhões de pessoas vivem em lares sem descarte adequado de esgoto e 6,2 milhões não têm abastecimento adequado de água. Dentre essas pessoas, 68,6% são negras.

Com o objetivo de fortalecer lutas por justiça ambiental, a Marcha das Mulheres Negras Por Reparação e Bem Viver criou o Comitê de Justiça Climática. O lançamento acontecerá  no próximo dia 10 de outubro, às 16h, no Auditório do Ministério Público Federal (MPF), localizado na Rua Domingos Marreiros, 690, bairro Umarizal, em Belém (PA). O evento acontece no formato híbrido (presencial e online) para garantir a participação de mulheres de diferentes territórios. 

O objetivo do comitê é debater e articular ações como: cuidar das periferias diante da crise climática, lutar por reparação financeira às populações atingidas por desastres ambientais e resistir ao Projeto de Lei 2.159/2021, conhecido como PL da Devastação. Para participar do lançamento do comitê é preciso fazer a inscrição através do link, independentemente da forma de participação. 

“No ano da COP 30, destacamos que o debate sobre este tema precisa ser feito a partir das vozes de mulheres negras, quilombolas e comunidades tradicionais, que há séculos preservam territórios, biomas e saberes. Justiça climática só existe quando reconhecemos nossa centralidade!”, declarou o Comitê Nacional da Marcha das Mulheres Negras em postagem nas redes sociais.

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