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“Isso é coisa de preto”: Policial Militar é vítima de racismo enquanto assistia partida de futebol escolar em Feira de Santana (BA)

Suspeita do crime foi liberada da prisão em flagrante na última segunda-feira (6)
Imagem: Reprodução Redes Sociais

Por Matheus Souza

Uma inspetora da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi presa em flagrante após um Policial Militar (PM) denunciar ter sido vítima de racismo e injúria racial enquanto acompanhava um torneio de futebol infantil em que seu filho participava. O caso aconteceu no Centro Esportivo do Sesi, localizado no bairro Cruzeiro, em Feira de Santana (BA), na manhã do último domingo (5).

A suspeita foi identificada como Michele Alencar, de 44 anos. Segundo informações da Polícia Civil, ela foi autuada em flagrante pelo crime de injúria racial e, após passar por audiência de custódia na última segunda-feira (6), foi liberada. A inspetora agora segue à disposição da justiça.

A vítima é o PM Leandro Muniz, lotado no Comando de Policiamento de Feira de Santana. Em relato à TV  Subaé, da Rede Bahia, o Policial contou que estava em pé na arquibancada quando a suspeita pediu que ele sentasse porque ela não estava conseguindo assistir a partida. Leandro afirma que prontamente chegou para o lado, mas não tinha como se afastar muito em virtude do local estar lotado. 

Mais uma vez a suspeita teria dito que ele estava na frente e teria utilizado palavrões para reclamar da situação. Leandro afirmou que, ao questionar a atitude da mulher, ouviu ela dizer: “isso é coisa de preto”. Segundo ele, após reagir verbalmente ao insulto, foi surpreendido com um soco nas costas desferido pelo filho da inspetora, o que deu início a uma luta corporal.

A inspetora apresentou uma versão diferente. Michele conta que também acompanhava o jogo do filho e que, por diversas vezes, pediu para que o capitão se sentasse, pois não conseguia assistir à partida. Ela admitiu ter se alterado e utilizado palavras de baixo calão, mas nega ter feito qualquer ofensa de cunho racial.

A suspeita afirmou ainda que, após a discussão, o capitão teria se aproximado dela de forma ameaçadora, e que o filho interveio para defendê-la, momento em que ambos entraram em luta corporal. Michele alega ter sido vítima de violência contra a mulher. 

A situação foi contida por outras pessoas que estavam no local, e uma viatura da PM foi acionada. Em nota à imprensa, a PM informou que houve presença de testemunhas no local e que elas devem ser ouvidas nos próximos dias.

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