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Na voz de Larissa Luz, jingle oficial da Marcha por Reparação e Bem Viver anuncia o poder coletivo das mulheres negras em movimento

Canção lançada em outubro reforça o poder político, ancestral e coletivo das mulheres negras
Imagem: Divulgação

Por Karla Souza

Na contagem regressiva para a 2ª Marcha das Mulheres Negras – por Reparação e Bem Viver, que ocorre no dia 25 de novembro, o lançamento do jingle oficial marca a mobilização que se fortalece em todo o país e também em território internacional. “Mete Marcha Negona Rumo ao Infinito”, composta e interpretada pela artista multifacetada baiana Larissa Luz, chega como um chamado coletivo, atravessando territórios e reafirmando o poder político e ancestral das mulheres negras que seguem em marcha, unidas por justiça e dignidade.

A canção, realizada pelo Festival Latinidades em parceria com o Comitê Nacional da Marcha, é resultado de meses de criação e trocas afetivas. Em versos que misturam ritmo, espiritualidade e resistência, Larissa Luz traduz o sentimento de uma geração que reconhece nas mulheres negras o centro da transformação social. “Somos o movimento, o vento, somos a transformação”, canta a artista, ecoando a força de um corpo coletivo que resiste e reinventa o futuro.

No repertório simbólico da Marcha, o jingle ocupa o lugar de memória e de convocação. Desde a primeira edição, em 2015, as mulheres negras vêm inscrevendo nas ruas de Brasília suas vozes contra o racismo, o sexismo e todas as formas de violência que atravessam suas vidas. A nova trilha surge como extensão dessa caminhada e reafirma o compromisso com a reparação histórica e o Bem Viver como horizonte político. “Cada verso, uma lembrança de que somos memória e estamos construindo futuro”, publicou o perfil oficial da Marcha nas redes sociais.

Larissa Luz, que carrega na trajetória a fusão entre ancestralidade e contemporaneidade, dá corpo sonoro a esse chamado. “Quando recebi o convite para fazer o jingle, não pensei duas vezes. Fazer da arte uma ferramenta de emancipação, crescimento e fortalecimento do nosso povo sempre foi uma premissa de vida pra mim. Estar à frente do jingle da Marcha dialoga com tudo isso de uma forma muito especial, principalmente por se tratar de um recorte ao qual eu pertenço: o das mulheres negras”, declara a artista, conforme o site Vírgula.

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