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Projeto Linha de Cor lança site com foco na pesquisa sobre o racismo no Brasil

Plataforma conecta arte, educação e memória, reunindo gratuitamente materiais pedagógicos sobre o tema
Imagem: Divulgação

Texto: Divulgação 

O Projeto Linha de Cor, que aborda o racismo no Brasil a partir da investigação de leis e projetos que sustentaram a política de branqueamento racial, acaba de lançar um site voltado para a pesquisa sobre o assunto (https://www.linhadecor.com/) . 

Idealizado pela artista visual e cineasta Mariana Luiza, o projeto se expandiu e hoje, além de longa-metragem documental intitulado A Cor da Margem, reúne também um programa de educação e uma exposição de artes visuais chamada Constituinte do Brasil Possível.

O projeto é desenvolvido e coordenado desde 2018 pelas professoras Ana Flávia Magalhães Pinto (UnB) e Thula Pires (PUC-Rio), além de uma equipe formada por mais de 90 pessoas negras, entre elas 11 pesquisadores, doutores, doutorandos e mestrandos em direito e história. O objetivo é colaborar com o fortalecimento de uma educação antirracista no Brasil, disponibilizando conteúdos gratuitos no novo site . 

Entre os materiais disponíveis no site destacam-se uma linha do tempo organizada a partir do mapeamento de mais de 120 verbetes jurídicos, que evidenciam o caráter racista de leis e projetos políticos formulados desde 1823 até a Constituição de 1988. Além disso, há verbetes históricos e ações de resistência que revelam como a população negra, de forma individual e coletiva, enfrentou tais dispositivos.

Estão disponíveis também planos de aula gratuitos destinados a educadores, concebidos para subsidiá-los no cumprimento das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008 em práticas pedagógicas, tanto no ambiente escolar quanto em outros espaços educativos. 

“A negação e a naturalização do racismo na sociedade brasileira fundamentou uma matriz de memória que ainda hoje limita as possibilidades de reconhecimento da agência histórica da população negra. Como memória é política, o projeto busca oferecer subsídios para que a disputa por uma real democracia ocorra em melhores condições”, destaca a historiadora e ativista Ana Flávia Magalhães. 

A coordenadora de pesquisa Thula Pires destaca que as normas jurídicas, ao longo da história brasileira, construíram um Estado de exclusão, onde o extermínio das pessoas não brancas se tornou regra. “Denunciar essa estrutura é fundamental, mas igualmente essencial é disputar os imaginários políticos invisibilizados pela história oficial, abrindo espaço para outras percepções e construções de vida e cidadania plenas em nossa sociedade”, afirma. 

O projeto tem como embaixadores a Dra. Adriana Cruz (Juíza Federal – TRF2), Dra. Karen Luise (Juíza de Direito – TJRS/CNJ), Thiago Amparo (FGV-SP), Wallace Corbo (UERJ-RJ) e Maria do Carmo Rebouças (UFSB), entre outros.

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