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Abertura da 5ª edição do Olojá, Senhor do Mercado acontece no Forte da Capoeira em Salvador (BA)

Cerimônia marca nova fase da celebração dedicada a Exu e reforça reconhecimento cultural do projeto na Bahia
Imagem: Divulgação

Texto: Divulgação

“Um corpo sem Exú, é um corpo em coma”. Essas são palavras do Babalorixá Rychelmy Imbiriba, um dos idealizadores do “Olojá, Senhor do Mercado”, uma proposta que visa ressignificar o preconceito recorrente em torno desta divindade. O evento chega a sua 5ª edição, em 2026, e traz como tema: Do Mercado: da Feira de São Joaquim para o Mundo”.

O lançamento é gratuito e aberto ao público, no dia 17 de dezembro, a partir das 18h, no Forte da Capoeira, no Santo Antônio Além do Carmo, e marca mais um capítulo da consolidação dessa manifestação no cenário cultural da cidade.

Este ano, o Olojá ingressou no Calendário Oficial de Festas Populares de Salvador, através da Lei nº 9.892/2025 sancionada em novembro pelo prefeito Bruno Reis (União). De acordo com Anane Simões (Dantayo), presidente, produtora geral e cofundadora, esta é uma conquista construída coletivamente. A abertura contará com acolhimento inicial e uma atração cultural, que introduz o espírito do evento: encontro, movimento e ancestralidade. Durante o lançamento, serão homenageados os terreiros, lideranças, feirantes e pessoas que caminham junto com o projeto desde a primeira edição.

“No evento, também será apresentada a pauta central que defendemos há anos: que o Olojá seja reconhecido como Festa Popular do Estado da Bahia, garantindo legitimidade e proteção institucional à celebração. O Olojá é a casa de todos nós. Aqui, a gente acolhe, ama, brinca e é feliz com o nosso povo”, explica Anane.

A proposta, que leva milhares de pessoas à Feira de São Joaquim, acontece em parceria com a Secretaria de Turismo da Bahia (Setur-BA). A ação faz parte do Projeto Agô Bahia, que busca valorizar as religiões de matriz africana e combater o racismo religioso.

Na Bahia, não haviam festas públicas destinadas ao Orixá, que sempre foi marginalizado e associado ao diabo cristão. 

“Hoje, o Olojá é um lugar de desconstrução da imagem negativa de Exu. E aí, trazemos toda a força do povo negro para a Feira de São Joaquim, que é um espaço de trocas e que a gente vive, a gente come desse espaço, a gente bebe desse espaço. O Olojá é isso”, explica Babá Rychelmy.

A celebração começou em 2022, nasceu e se fortaleceu na Feira de São Joaquim, o maior mercado livre da Bahia, espaço de encontro, diversidade, troca e circulação de energias. “Eu sempre considerei a feira de São Joaquim o shopping de todos nós, adeptos do Candomblé. E sentia falta de um evento que marcasse isso, que deixasse isso bem claro, que esse espaço tem dono e que o dono desse espaço é Exú Olojá”, afirma Gilmar Sampaio, cofundador do evento.

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