A adolescente trans foi levada por um homem em uma moto, para uma casa, onde os outros dois suspeitos esfaquearam a vítima
Da Redação
Imagem: Reprodução Redes Sociais
Estão foragidos os três homens suspeitos de estuprar e assassinar a jovem trans, Kauana Vasconcelos, de 16 anos, morta a facadas, em Ibicaraí (BA). O crime aconteceu na madrugada da última quinta-feira (03), quando a adolescente foi levada por um homem, em uma moto, para uma casa no bairro Corina Batista, onde foram recebidos por mais dois suspeitos de participação no crime.
Informações do Centro de Promoção e Defesa dos Direitos LGBT da Bahia (CPDD-LGBT), destacam que de acordo com informações de populares, os suspeitos eram conhecidos da vítima e ainda tentaram afogá-la. O suspeitos são conhecidos como Tin, Wesley e Jamanta.
“Pedimos já providências à Secretaria de Segurança Pública e estamos articulando com ativistas da região e órgãos para agilidade na prisão dos assassinos”, afirma Rinaldo Barbosa, coordenador do CPDD.
Em nota enviada à Revista Afirmativa, a Polícia Civil informou que a adolescente chegou a ser socorrida e encaminhada para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos. As testemunhas ainda serão ouvidas para a investigação do caso, sendo que a delegacia ainda não confirmou a motivação do crime.
Apesar de ser reconhecida enquanto uma mulher trans, na nota da Polícia Civil a vítima é tratada no masculino pelo órgão de segurança.
Confira a nota na íntegra:
A autoria, motivação e circunstâncias do homicídio de Wallas de Jesus Ramos Rosa, de 16 anos, estão sendo investigadas pela Delegacia Territorial (DT) de Ibicaraí. Lesionado com golpes de faca, o adolescente chegou a ser socorrido para um hospital da região, na madrugada desta quinta-feira (3), onde morreu. Foram expedidas as guias para remoção e perícia e diligências serão realizadas para identificar testemunhas que possam prestar esclarecimentos sobre o ocorrido
Mandata Pretas Por Salvador se manifesta
Em nota a coletiva Pretas Por Salvador (PSOL/BA) repudiou o assassinato e enaftizou que não se trata de um caso isolado. “Esse não é um caso isolado, mesmo a transfobia sendo crime no Brasil desde o ano de 2019, o país é ainda o que mais mata pessoas trans e travestis em todo o mundo pelo 13° ano consecutivo. Os dados reafirmam a ausência de amor e empatia para com as pessoas trans, parte da população que diariamente perde sua vida, tem direitos negados e desconhecem o acesso à dignidade humana”, diz um trecho da nota.