Brasil é o segundo país mais letal para defensores ambientais, de acordo com ONG

Levantamento feito pela Global Witness mostra que entre 2021 e 2023 o Brasil registrou 401 assassinatos. O líder de violência é a Colômbia; Honduras e México fecham o ranking

Da Redação

De acordo com levantamento feito pela ONG internacional Global Witness, o Brasil é o segundo país mais perigoso para defensores do meio ambiente. Em 2023 foram registrados 25 assassinatos contra essas pessoas. O país ficou atrás apenas da Colômbia, que registrou 79 mortes no mesmo período. Além dessas, outras duas nações despontam na lista: Honduras e México. Os quatro países correspondem a 70% dos assassinatos no mundo.

A pesquisa foi publicada nesta terça-feira (10) e mostrou que entre 2021 e 2023, o Brasil alcançou a marca de 401 assassinatos de defensores ambientais. Só em 2022 foram 34 crimes desse tipo praticados. A ONG destaca que durante o governo Bolsonaro (2019-2022) o país enfrentou diversos retrocessos no campo ambiental, a exemplo de leis que facilitaram a exploração da Amazônia com a abertura para garimpos ilegais em terras indígenas. 

Nesse contexto, são apontadas as dificuldades do atual governo federal, sob o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em mitigar os impactos nocivos da gestão anterior, apesar dos avanços como a obtenção de recursos para o Fundo Amazônia. No entanto, a pesquisa também reconhece que o conservadorismo que permeia o atual Congresso Nacional é um impeditivo para o avanço célere das pautas ambientais. 

Além do Brasil, Colômbia, Honduras e México também surgem como principais países mais perigosos para quem busca defender o meio ambiente. No primeiro, o total de mortes registradas em 2023 (79) quebrou recordes dentro das análises realizadas pela  Global Witness desde 2012, correspondendo à maior soma anual que um país documentado pela ONG já obteve. Dando sequência ao ranking, Honduras e México registraram 18 mortes em 2023. 

*Com informações do Brasil de Fato

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