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Câmera corporal flagra momento em que PM atira e mata policial civil negro durante operação em São Paulo

Defesa do PM alega que o agente agiu em “legítima defesa”
Imagem: Reprodução

Por Matheus Souza

Imagens da câmera corporal do sargento da Polícia Militar Marcus Augusto Costa Mendes mostram o momento em que o policial atira e mata um outro agente da Polícia Civil durante uma operação na favela do Fogaréu, no Campo Limpo, Zona Sul de São Paulo. O caso aconteceu no dia 11 de julho.

O policial atingido era negro e foi identificado como o investigador Rafael Moura da Silva, da Polícia Civil. A equipe da polícia militar da qual Marcus Augusto fazia parte, a Rota, e a equipe da Polícia Civil do agente Rafael Moura, que foi baleado, estavam realizando operações distintas no local. As equipes atuavam na localidade sem saber da presença uma da outra, em busca de suspeitos de um caso de latrocínio.

Nas imagens é possível ver o sargento da Rota correndo com a arma em punho. Ao virar em uma viela, o agente avista um homem e efetua dois disparos, se abrigando atrás de uma escada logo em seguida. Na sequência, é possível ouvir os agentes da Polícia Civil gritarem da direção do homem atingido: “É polícia, é polícia”. Porém, mais dois disparos foram efetuados pelo policial militar. 

Marcus Augusto então volta pela viela e pede para outro agente que o acompanhava ligar para o resgate. Outro policial pergunta ao PM se a câmera corporal estava gravando. A defesa de Marcus Augusto afirma que Rafael estava à paisana e que o sargento agiu em legítima defesa numa situação entendida como ameaça.

Rafael foi atingido por três tiros, dois deles no tórax. O policial chegou a ser levado para o Hospital das Clínicas, em São Paulo, mas morreu na última quarta-feira (16), depois de cinco dias internado. Um outro policial civil, Marcos Santos de Sousa, também foi ferido de raspão na ação, mas passa bem.

A família e colegas de Rafael afirmam que o PM Marcus Augusto não realizou nenhum tipo de aviso ou alerta antes de disparar. Os policiais civis alegam que estavam identificados com distintivos no momento da operação. Já os policiais da Rota sustentam que reagiram a uma ameaça.

Ao Fantástico, o chefe de comunicação da Polícia Militar de SP, Emerson Massera, declarou que “Exigir uma comunicação por parte da Polícia Civil, num caso como esse, não me parece razoável. Assim como a incursão dos policiais militares se deu diante de uma suspeita inicialmente que estamos investigando para verificar todo o contexto.” 

A Justiça de São Paulo decretou o afastamento cautelar de Marcus Augusto e de outro policial da Rota, Robson Santos Barreto. 

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