Por Patrícia Rosa
O Centro Espírita Axé das Almas foi alvo de racismo religioso no último sábado (13). O terreiro de umbanda fica localizado na cidade de Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro (RJ) e foi alvo de depredação, incêndio, destruição de imagens e utensílios religiosos.
A queixa foi registrada na polícia civil, que está averiguando o caso. A comissão Força de Axé Maricá divulgou um vídeo nas suas redes sociais, onde relata a depredação da casa religiosa.
Mãe Nilce de Iansã, coordenadora da Rede Nacional de Religiões Afro-brasileiras e Saúde (Renafro), em entrevista à Agência Brasil lamentou a falta de políticas públicas para o combate ao racismo religioso no Brasil.
“Infelizmente, continuamos sofrendo com o racismo religioso. Fizemos uma pesquisa e levamos à Organização das Nações Unidas (ONU), mas não temos uma política pública que nos ajude nesse sentido”, declarou Mãe Nilce.
A Organização dos Advogados do Brasil(OAB – Maricá), manifestou sua solidariedade e manifestando a necessidade da criação de ações pedagógicas para conscientizar a população sobre os direitos à liberdade religiosa.
Por meio de nota, a prefeitura de Maricá repudiou o ataque à casa de umbanda.
Dados apontam aumento de 80% de intolerância religiosa no Brasil
De acordo com dados divulgados pelo Disque 100 – Disque Direitos Humanos, o Brasil registrou 2.124 casos de intolerância religiosa durante o ano de 2023. O número é 80% maior em comparação a 2022, quando foram registrados 1.184 casos. As religiões de matriz africana foram apontadas como as mais afetadas.