Companhia aérea American Airlines afasta funcionários suspeitos de racismo

Da Redação

A companhia aérea American Airlines afastou funcionários suspeitos de racismo contra oito passageiros negros, no voo 832, que ia de Phoenix para Nova York, nos Estados Unidos. O crime aconteceu em janeiro deste ano e somente seis meses depois, no último sábado (22), a empresa decidiu pelo afastamento dos envolvidos. O número exato de funcionários desligados não foi divulgado.

Por meio de uma carta, obtida pela CBS News, a liderança da companhia aérea afirmou que a situação foi um “incidente inaceitável”.

“Estou extremamente decepcionado com o que aconteceu naquele voo e com a falha em nossos procedimentos. Não cumprimos nossos compromissos e falhamos com nossos clientes neste incidente”, afirmou o CEO Robert Isom. Também foi anunciada a tomada de medidas destinadas a combater que novas situações racistas ocorram, uma das iniciativas é um grupo consultivo focado nas experiências dos passageiros negros.

A medida foi tomada após Xavier Veal, Emmanuel Jean Joseph e Alvin Jackson moverem uma ação judicial contra a linha aérea em maio deste ano. Na sequência de uma ação movida pelos passageiros, a Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP) divulgou uma nota, onde o presidente da instituição Derrick Johnson pede uma resposta rápida da American Airlines.

“Incentivamos a companhia a reviver o painel consultivo e a se reunir novamente com a NAACP para traçar um caminho a seguir que garanta experiências equitativas para todos os clientes. Sem uma resposta rápida e decisiva, a NAACP será forçada a restabelecer um alerta contra a companhia aérea”, declarou  Derrick Johnson.

Entenda o caso

Os oito homens negros foram retirados da aeronave sob a alegação de mau cheiro corporal. A situação aconteceu no dia 5 de janeiro, em um voo que partiria de Phoenix, no Arizona, para Nova York.

Eles relataram que só souberam o motivo do desembarque depois, quando um representante da companhia mencionou a reclamação de um comissário de bordo sobre o odor corporal de um passageiro não identificado.

“O que aconteceu conosco foi errado. Imagine um comissário de bordo ordenando que todas as pessoas brancas saíssem de um avião por causa de uma reclamação sobre uma pessoa branca. Isso nunca aconteceria. Mas foi isso que aconteceu conosco. Não há outra explicação além da cor da nossa pele”, se pronunciaram mediante um comunicado conjunto divulgado pelo escritório de advocacia Outten & Golden LLP.

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