Texto: Divulgação
O Parque Glória Maria, em Santa Teresa, no Rio de Janeiro — Rua Murtinho Nobre, 169 — será palco da 2ª edição do Festival Artes em Redes, que acontece entre os dias 12 de julho e 3 de agosto. Gratuito e aberto ao público, o evento reúne uma programação diversa com shows, oficinas, exposições, batalhas de rima, slam e apresentações nas áreas da música, dança, teatro, performance, literatura e artes visuais.
Com foco na cultura periférica, o festival busca valorizar saberes, estéticas e práticas de artistas historicamente marginalizados nos circuitos culturais formais. A proposta é promover encontros entre diferentes linguagens artísticas e incentivar a experimentação, tendo como eixo central a visibilidade de corpos dissidentes e a democratização do acesso à arte.
Além das apresentações, o evento também investe em formação por meio da Residência Artística “Masculinidades Negras e Indígenas”. Os selecionados, que serão divulgados no dia 7 de julho, poderão desenvolver uma obra inédita que será apresentada no encerramento do festival. Outras chamadas públicas contemplaram artistas para pocket-shows, exposições e mostra artística, também com pagamento de cachês.
Segundo a organização, a seleção dos artistas seguiu critérios afirmativos. Foram priorizados trabalhos de pessoas negras, indígenas, LGBTQIAPN+, periféricas e com deficiência.
A equipe do projeto também é formada majoritariamente por artistas periféricos, que atuam como produtores, curadores e gestores culturais. De acordo com a organização, o festival se compromete com a sustentabilidade social e cultural, investindo na documentação dos processos, na formação de redes e no compartilhamento público dos resultados.
Criado em 2019 com apoio da Decult/UFRJ, o Festival Artes em Redes surgiu da necessidade de criar espaços seguros e criativos para artistas dissidentes. “O festival se consolida como uma plataforma transdisciplinar que articula diferentes linguagens a partir da perspectiva da cultura periférica, expandindo narrativas e formas de pertencimento”, afirma Vitória Pedro, uma das idealizadoras do projeto.