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FotoBeco leva festival de fotografia a Monte Azul, em São Paulo (SP)

Com programação gratuita, evento reúne artistas de diferentes trajetórias e espaços de arte e debate
Rogério Vieira e Léu Britto, responsáveis pela inciativa - Imagem: Lonan

Texto: Divulgação

Nos dias 18 e 19 de outubro, a Favela Monte Azul, na Zona Sul de São Paulo, será palco do FotoBeco Festival, evento de fotografia realizado integralmente em uma favela da cidade. Com exposições abertas até o dia 26, o festival ocupa vielas e becos com oficinas, debates, projeções e mostras de portfólio. Toda a programação é gratuita e foi pensada para aproximar artistas e moradores em um território historicamente excluído dos circuitos culturais.

O FotoBeco nasceu em 2023, a partir da criação da Galeria Sérgio Silva, pelos fotógrafos e moradores da Monte Azul, Léu Britto e Rogério Vieira. A iniciativa começou com a proposta de expor imagens no escadão da comunidade, mas rapidamente ganhou força. Em março de 2024, o coletivo DiCampana realizou a primeira mostra e consolidou o espaço como um lugar de resistência cultural. “Já parou pra pensar por que FotoBeco? Pra mim, beco é encruzilhada, destino final. É ali que o trabalho se exalta e beija os pés da comunidade, contribuindo com arte, cultura e beleza em um lugar marcado por desafios”, explica Léu.

Para Rogério, realizar o evento na Monte Azul é também uma forma de reposicionar quem produz cultura a partir da periferia. “É mostrar que trocamos de igual. É quebrar paradigmas e afirmar que favelados(as) também são profissionais da fotografia, contribuindo com suas artes num mercado ainda fechado.”

As chamadas abertas em agosto reuniram trabalhos de diferentes partes do país, agora em processo de seleção. A comissão responsável é formada por artistas, pesquisadoras e fotógrafas como Ana da Cunha, Antonia Nayane, Dani Sandrini e Laíza Ferreira, além dos próprios idealizadores. A diversidade dos jurados busca garantir uma programação plural, que valorize diferentes narrativas e perspectivas.

A edição de estreia reúne exposições a céu aberto, oficinas de formação, mesas de debate e projeções noturnas. O festival também prevê mostra de portfólios com pagamento de cachê aos artistas selecionados, reforçando o compromisso com a valorização do trabalho.

A virada para o festival veio após a aprovação no edital PNAB Nº 19/2024, voltado para projetos culturais das periferias. O recurso permitiu a expansão da proposta, que passa a dialogar com artistas de diferentes regiões. 

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