Por Késsia Carolaine*
Uma funcionária do restaurante Divino Fogão, localizado no Park Shopping de Brasília (DF), foi vítima de agressão física e assédio moral por parte de sua coordenadora no último domingo (7). O caso, registrado em vídeo por câmeras de segurança, gerou ampla repercussão nas redes sociais, resultando na demissão por justa causa da agressora. O caso está sendo investigado pela polícia.
O incidente teve início a partir de uma discussão sobre um problema técnico no computador do caixa, conforme relato da vítima, Vilmara Pereira. A coordenadora se aproximou, questionando por que ela não havia resolvido a falha e afirmando que já havia ensinado o procedimento “dez vezes”. Vilmara tentou explicar que o problema não era de sua responsabilidade direta naquele momento, pois estava atendendo uma fila de clientes.
A situação escalou verbalmente. Na frente dos clientes, a funcionária ouviu ordens da superiora para “calar a boca e respeitar”. Posteriormente, foi chamada para uma sala privada, acompanhada pelo gerente do estabelecimento. Foi nesse momento que a discussão resultou em violência física.
O vídeo do circuito interno, divulgado pela própria vítima, mostra o momento em que a coordenadora desfere um golpe no rosto de Vilmara. Em suas redes sociais, a funcionária descreveu a experiência como traumática: “Fui brutalmente agredida, humilhada na frente de outros. Sofri uma agressão física, verbal, psicológica grave.”
A rede de restaurantes Divino Fogão emitiu um comunicado oficial nas redes sociais repudiando veementemente o ocorrido. A empresa afirmou que a unidade franqueada responsável, após apuração interna, demitiu por justa causa a funcionária autora da agressão. A nota diz: “Episódios dessa natureza são totalmente incompatíveis com os valores éticos, de respeito e de integridade que norteiam nossas operações.”
A Polícia Militar do Distrito Federal foi acionada e ambas as envolvidas foram levadas para a 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) para prestar depoimento e registrar um Boletim de Ocorrência. Em seu depoimento, a coordenadora admitiu ter dado um tapa no rosto da vítima. Ela justificou o ato pelo “estresse da situação” e confirmou que a discussão começou devido ao problema no caixa, finalizando com o reconhecimento de que não devia ter feito isso.
A vítima relatou à polícia que já havia tido desentendimentos anteriores com a mesma superiora, mas que a agressão física era inédita. Ela informou que comunicou formalmente o ocorrido ao setor de Recursos Humanos da empresa e que está tomando as medidas judiciais cabíveis.


