Da Redação
Imagem: Reprodução/TV Globo
Resgatada há dois meses, uma mulher que passou 72 anos em situação de exploração no Rio de Janeiro é o caso mais longo de situação análoga à escravidão registrado no Brasil, segundo o Ministério do Trabalho.
De acordo com o órgão, a idosa passou a vida inteira trabalhando para a mesma família sem receber salários nem benefícios. A idosa está sob os cuidados da Prefeitura do Rio desde 15 de março, quando foi resgatada depois de uma denúncia anônima. Sua identidade não foi revelada, para preservá-la.
Quando resgatada, a vítima trabalhava como cuidadora da dona da casa e dormia em um sofá, na entrada do quarto principal.
Os crimes de trabalho análogo à escravidão não são casos isolados, e o números de vítimas resgatas dessas condições têm crescido. Em 2021, o Brasil registrou 1.937 resgates de pessoas resgatadas em condição análoga à escravidão, o maior número desde 2013.
Para quem comete esses crimes, o Código Penal prevê a pena de reclusão de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência cometida. O explorador terá que pagar todos os direitos devidos àquele trabalhador que foram sonegados, além de indenizações por dano moral.