Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Jogador vítima de racismo recebe punição maior que o agressor em julgamento no Paraná

Decisão do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná aplicou punição maior à vítima de injúria racial durante partida entre Batel e Nacional
Imagem: Reprodução Instagram

Por Catiane Pereira*

Em julgamento realizado na segunda-feira (22), a 2ª Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) decidiu punir os jogadores envolvidos em um caso de racismo e agressão ocorrido durante a partida entre Batel e Nacional, pela Taça FPF (Federação Paranaense de Futebol), no último dia 4 de outubro. A decisão gerou indignação ao estabelecer uma punição maior para a vítima do racismo do que para o autor da ofensa.

O ex-volante do Batel, Diego, foi denunciado com base no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de atos discriminatórios, por ter chamado o zagueiro Paulo Vitor, do Nacional, de “macaco”. A comissão, de forma unânime, decidiu aplicar a Diego uma suspensão de sete partidas e multa de R$ 2 mil. Em sua defesa, o jogador afirmou que teria dito “malaco”, e não “macaco”, termo que, segundo ele, significaria “maloqueiro”. Após o episódio, o Batel anunciou a rescisão do contrato com o atleta.

Já o zagueiro Paulo Vitor, identificado como vítima no caso, foi denunciado por agressão física e por cuspir no adversário, infrações previstas no artigo 254-A do CBJD. A comissão decidiu suspender o jogador por dez partidas, sendo quatro pela agressão e seis pela “cusparada”. A decisão foi tomada por maioria dos auditores.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Paulo Vitor desabafou sobre o resultado do julgamento. “Fui vítima de injúria racial e estou tentando entender ainda essa decisão de pegar mais jogos que o criminoso. Meu sentimento já era de impotência, agora ainda mais, por uma causa tão difícil e importante”, afirmou o jogador, que também cobrou posicionamento da Federação Paranaense de Futebol. O caso segue sob investigação da Polícia Civil do Paraná.

*Com informações da Band e Agência Brasil

Compartilhar:

.

.
.
.
.

plugins premium WordPress