Jornalista Sara Wagner York denuncia transfobia no Carnaval de São Pedro da Aldeia (RJ)

A jornalista Sara Wagner York  denunciou nas suas redes sociais que teve o acesso negado a uma área privada da festa de forma violenta, mesmo estando com autorização de entrada 

A jornalista Sara Wagner York  denunciou nas suas redes sociais que teve o acesso negado a uma área privada da festa de forma violenta, mesmo estando com autorização de entrada 

Por Patrícia Rosa

A jornalista Sara Wagner York  foi vítima de transfobia no carnaval da cidade de São Pedro da Aldeia (RJ), na noite do último domingo (19). A  travesti denunciou nas redes sociais que foi agredida por seguranças do prefeito Fábio Pastel (Podemos), quando se dirigia  a uma área reservada de um evento.

Sara declarou que portava da autorização para entrar ao espaço do evento, mas mesmo assim sofreu a agressão:

“Subi na área reservada e me dirigi até o espaço ao qual faria o registro fotográfico do evento. Ao entrar na área reservada e assim que cumprimentei o prefeito, percebi que o secretário adjunto de turismo chamava a equipe de seguranças para retirar alguém daquele espaço, até aquele momento não imaginava que esse alguém seria eu.”

A vítima ainda relatou que os agentes alegaram que a jornalista estaria sem autorização de acesso: “O que não é verdade, pois já havia o feito. Os seguranças passaram a me enforcar e tomaram o celular que estava na mão do assessor que me acompanhava, mesmo sem apresentar qualquer forma de resistência”, relatou Sara.

A Associação Nacional de Travestis e Transsexuais(ANTRA) divulgou uma nota de solidariedade pela transfobia sofrida por Sara. “Cobramos explicações e atitude severa da a administração pública do município e instauração de inquérito nas instâncias cabíveis, para averiguar a transfobia que ocorreu com a nossa Sara. Que os responsáveis possam ser punidos de acordo com a legislação vigente”, declarou a Antra.

O IBRAT – Instituto Brasileiro De Transmasculinidades também repudiou a brutalidade no tratamento à jornalista e cobrou da prefeitura a qualificação do quadro de funcionários, “para que não tornem a cometer crimes contra cidadãos de sua cidade”. O Ibrat também cobrou o cumprimento da  Lei 14.532/2023, que iguala o crime equipara  a homofobia ao crime de racismo.

A Revista Afirmativa entrou em contato com a Prefeitura de São Pedro da Aldeia mas não tivemos retorno até a publicação desta matéria.

Compartilhar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress