Jovem indigena Xakriabá é morto pela Polícia Militar de Minas Gerais em festa beneficente

Alisson Lacerda Abreu foi morto com um tiro no peito, de acordo com o perfil oficial do Povo Xakriabá, o jovem morreu na hora

Alisson Lacerda Abreu foi morto com um tiro no peito, de acordo com o perfil oficial do Povo Xakriabá, o jovem morreu na  hora

Por Patrícia Rosa

Imagem: Reprodução

O jovem indigena, Alisson Lacerda Abreu, de 25 anos, foi morto pela polícia militar na  noite do último dia 9 de dezembro, em um evento beneficente, na aldeia Tenda no município de São João das Missões, em São João das Missões (MG). O jovem indígena do Povo Xakriabá levou um tiro no peito.

Karinne Xakriabá, que é moradora da aldeia, relatou ao jornal Minas Gerais TV o acontecido. “O pessoal estava em uma discussão e eles[a polícia], foram lá para averiguar o que estava acontecendo. Eles chamaram o menino para ir para o escuro e a mulher dele disse ‘o que você vai fazer com ele no escuro’, ela começou a discutir com o policial, na  hora que elas começaram a exaltar, eles jogaram spray de pimenta em todo mundo. Eles espalharam o spray para todo lado”.

A jovem ainda contou que os populares questionaram a ação da polícia, que respondeu com mais ataques de spray de pimenta contra a população, causando mais revolta e as pessoas presentes atiraram objetos como cadeiras plásticas. A polícia então reagiu com tiro de arma de fogo que atingiu Alisson.

O perfil oficial do Povo Xakriabá divulgou uma nota relatando o caso e pedindo justiça pela vida de Alisson. 

“O Povo Xakriabá pede justiça pela a vida do jovem assassinado e cobra segurança dentro e fora do território. As abordagens violentas e com abuso de poder são frequentes na região, de acordo com moradores.”

A Polícia Militar de Minas Gerais se pronunciou por nota, eles trouxeram outra versão e disseram que  durante a abordagem os agentes foram tratados com hostilidade e que “foi necessário usar arma de fogo”.

O momento do confronto foi registrado em um vídeo em que mostra dois policiais militares se aproximando do espaço da festa e o público presente tentando expulsar os agentes. Na gravação também é possível ouvir um homem narrando. “Chegam aí pagando de louco, metem bala no moleque, eu acho que matou o moleque e agora tá pagando de louco.”

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