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Juízes do Burkina Faso abandonam trajes europeus e passam a usar vestes pan-africanas

Burkina Faso substitui togas e perucas coloniais por vestes pan-africanas em ato que marca avanço na descolonização cultural e fortalecimento da identidade nacional.
Imagem: Divulgação

Em um ato político e cultural, o presidente de Burkina Faso, Capitão Ibrahim Traoré, inaugurou o novo Ano Judicial determinando a substituição das tradicionais togas e perucas de origem europeia por vestes judiciais pan-africanas. A medida, anunciada no dia 01º de Outubro, é apresentada pelo governo como um passo decisivo na descolonização mental e na afirmação da soberania cultural da nação.

As batinas e perucas brancas, herdadas do sistema judicial francês, eram um dos vestígios mais visíveis da era colonial nos tribunais burquinabês. 

O Burkina Faso não é o primeiro país a tomar tal iniciativa, mas destaca-se por a tornar oficial e nacional. Anteriormente, países como o Gana e a África do Sul já haviam introduzido opções de vestuário tradicional em certas ocasiões judiciais. Contudo, a abolição total dos trajes europeus em favor de uma vestimenta exclusivamente pan-africana coloca o Burkina Faso na vanguarda deste movimento.

Os novos trajes são feitos com o tecido tradicional burquinabê, o “Faso Dan Fani”, que simboliza a resistência ao colonialismo e a valorização da cultura local. Além de fortalecer a identidade nacional, a medida também tem como objetivo causar um impacto econômico relevante, pois os trajes são cinco vezes mais baratos que os anteriormente importados da França, beneficiando a indústria têxtil local.

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