Lançamento dos Cadernos Afro Memória celebra 1º acervo do hip hop brasileiro na Unicamp

O acervo apresenta 12 artigos que destacam o movimento hip hop como guardião das memórias da população negra no Brasil e no mundo

Texto: Divulgação

A nova edição dos Cadernos Afro Memória comemora a chegada do primeiro grande acervo sobre o hip hop brasileiro à Universidade de Campinas (Unicamp). A doação dos arquivos foi feita por King Nino Brown, historiador autodidata e militante do movimento hip hop, e pelo jornalista Alexandre de Maio, editor da revista RAP Brasil. O lançamento desta edição ocorre nesta sexta-feira (17), na sede do Instituto Geledés, juntamente com a terceira edição do caderno, para convidados.

Este acervo, agora preservado no Arquivo Edgard Leuenroth, inclui documentos textuais, bibliográficos e audiovisuais que registram a trajetória de King Nino Brown e a valorização da cultura hip hop no Brasil. A publicação, organizada pelo projeto Afro Memória do Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Racial (Afro-Cebrap), apresenta 12 artigos que destacam o movimento hip hop como guardião das memórias da população negra no Brasil e no mundo.

Além de depoimentos de Alexandre e King, os textos incluem relatos de artistas como Sharylaine, a primeira rapper brasileira, que co-assina um artigo com Chris Lady Rap. 

O projeto Caderno Afro Memória é fruto do trabalho coletivo envolvendo o Afro-Cebrap, a linha de pesquisa “Hip hop em trânsito” do Centro de Estudos de Migrações Internacionais da Unicamp, o Programa para Populações Marginalizadas da Universidade da Pensilvânia e o Arquivo Edgard Leuenroth, com apoio de diversas fundações e universidades. O Afro-Cebrap, por sua vez, se dedica à pesquisa, formação e difusão sobre desigualdades raciais, relações raciais e interseccionalidade, buscando fortalecer as pesquisas acadêmicas e a divulgação científica.

“Ao entendermos que o hip hop ensina e transforma vidas, sendo no tempo presente um ‘senhor de meia idade´, pois completou 50 anos em 2023, é possível recuperar parte das memórias dessas experiências artísticas negras afrodiaspóricas e acondicioná-las para, sobretudo, formar estudantes negros, contribuindo com fontes e problemas de pesquisa” enfatiza a socióloga Daniela Vieira, autora da carta de apresentação do novo volume do Caderno Afro.

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