Morre um dos jovens baleados durante operação da PM na véspera de Natal, em Salvador

Na noite de sábado (24), véspera de Natal, no bairro do Nordeste de Amaralina, em Salvador, o jovem Marcelo Daniel Ferreira Santos, de 19 anos, foi baleado durante uma operação da Polícia Militar (PM).

Aos 19 anos,  Marcelo Daniel Ferreira Santos foi baleado no bairro Nordeste de Amaralina

Da Redação

Imagem: Reprodução Redes Sociais

Na noite de sábado (24), véspera de Natal, no bairro do Nordeste de Amaralina, em Salvador, o jovem Marcelo Daniel Ferreira Santos, de 19 anos, foi baleado durante uma operação da Polícia Militar (PM). O jovem, que estava internado, faleceu na madrugada desta quarta-feira (28).

“Meu irmão tinha 19 anos, 19 anos. Um sonhador, jogador de futebol. Todo mundo aqui na rua está de prova que meu irmão não era envolvido, não se metia com nada disso, ele estava simplesmente passando na rua onde ele mora. Nós moramos em uma comunidade, nós somos pretos”, diz o irmão de Marcelo Daniel em vídeo divulgado nas redes sociais.

A família e moradores acusam a polícia militar de chegar atirando na rua. Além de Marcelo Daniel, um homem identificado como Adeilton Santana, de 34 anos, também foi baleado durante a ação policial. Adeilton foi atingido por quatro tiros e passou por duas cirurgias. Não se sabe mais detalhes sobre o estado de saúde do homem.

“Nós não vamos nos calar, isso não vai ficar assim. Meu irmão morreu inocente e isso não vai ficar assim. Aqui na rua não tem luz e eles se aproveitam disso para chegar aqui da forma que quiserem, fazendo a coisa que quiserem. Marcelo Daniel vai ter justiça”, desabafa o irmão do jovem com as chuteiras do mesmo nas mãos.

Familiares de jovens baleados no Nordeste de Amaralina vão à Corregedoria

Na terça-feira (27) os familiares de Marcelo Daniel e Adeilton Santana, foram à Corregedoria da Polícia Militar após a operação que feriu os dois homens.

Em entrevista à TV Bahia, o pai de Adenilton Santana informou esperar que a Corregedoria da PM entre em contato com o secretário de Segurança Pública da Bahia, Ricardo Mandarino, para que os policiais sejam melhor treinados para entrar nas comunidades.

“Eles [policiais militares] estão dando tiro na própria sombra. Qualquer movimento que o pessoal vê, eles já querem atirar. Agora, eles fizeram uma ação covarde, praticamente ficaram em tocaia”, desabafou o pai da vítima.

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