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Peça “Irmãs” reescreve Tchékhov para celebrar ancestralidades e o Dia das Mulheres Negras Latino-americanas e Caribenhas

Na obra, quatro atrizes mesclam elementos fictícios e reais à encenação de Renato Carrera, inspirada na obra “As três irmãs”, do russo Anton Tchékhov
Imagem: Rodrigo Menezes

Texto: Divulgação

No palco do Teatro Ziembinski, no Rio de Janeiro (RJ), quatro atrizes ensaiam uma montagem de um clássico do teatro russo. Em “Irmãs”, a atriz e dramaturga Dani Ornellas, ao lado de Isabél Zuaa, Jamile Cazumbá e Alli Willow, assume a cena a partir de um conflito que entrelaça tempo histórico, memória e vivência pessoal. Inspirada em “As três irmãs”, de Anton Tchékhov, a encenação parte do texto do autor russo para discutir temas como colorismo, feminismo negro, ancestralidade, amor, solidão e desejos interrompidos.

As apresentações acontecem nos dias 25, 26 e 27 de julho, como parte da celebração do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha. Com atrizes de origens diversas – Salvador, Duque de Caxias, Lisboa, Lamu (Quênia), Paris e Nova Iorque -, o espetáculo se ancora nas conexões entre as trajetórias de mulheres negras em diáspora. A narrativa, dividida em três atos, promete sobrepor planos temporais e deslocar o espectador para dentro da encenação, atravessando cenário e vivência cênica, desde os testes para o espetáculo até o quarto ato da peça original de Tchékhov.

A dramaturgia escrita por Dani Ornellas e Renato Carrera se estrutura a partir do embate entre personagem e intérprete. São vozes em disputa que levantam questões sobre o presente fragmentado e as construções identitárias. “Essas três irmãs são vozes que ecoam do útero mítico dessa família, mas com questionamentos humanos femininos pertinentes a qualquer época e com a profundidade das nossas memórias e vivências”, afirma Ornellas.

A montagem de “Irmãs” tem como objetivo reafirmar a importância da presença negra para além do palco. A equipe de criação é composta majoritariamente por artistas negras e negros também na trilha sonora, visagismo, figurino, cenário e direção de movimento. “A gente precisa revisitar as histórias que nos contaram para poder escrever outras, novas. E para isso, não basta ter pretos só no palco – é preciso ter pretos também na dramaturgia, na trilha, na produção”, afirma o produtor Gabriel Bortolini.

A peça é uma realização do #pingoéletraproduções e REPRODUTORA, com patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro e do Sesc RJ Pulsar.

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