“Plataforma Nacional de Artes Negras” celebra a diversidade cultural em Salvador (BA)

O evento gratuito objetiva proporcionar ao público uma imersão nas manifestações culturais afro-brasileiras

O evento gratuito objetiva proporcionar ao público uma imersão nas manifestações culturais afro-brasileiras

Texto: Divulgação

Imagem: Rafael Salvador

A capital baiana, Salvador, recebe no período de 05 a 10 de dezembro a “Plataforma Nacional de Artes Negras”. Idealizado pelo artista baiano Brunno de Jesus e produzido pelo Oyó Núcleo de Artes, o evento ocorrerá em diversos espaços culturais, como feiras livres, praças, escolas públicas, teatros, ruas e terreiros de Candomblé. O evento busca oferecer uma experiência cultural única e inclusiva para os participantes. 

A abertura oficial do evento será marcada pelo espetáculo “Colé, eu não sou Bagunça”. Com direção e coreografia de Brunno de Jesus, e performance dos bailarinos baianos Lukas di Jesus e Pedro Ivo, a apresentação acontecerá na Feira de São Joaquim no dia 05 de dezembro, às 9h. O espetáculo reflete a realidade dos estudantes de escolas públicas na sociedade contemporânea brasileira. Em um contexto de crescente violência, os bailarinos exploram impulsos emocionais, construindo imagens de repulsa e aceitação do afeto no universo escolar. A obra é uma representação das experiências de jovens negros, estudantes das periferias das grandes cidades.

“Dois bailarinos, muitas histórias, uma escola sem teto e sem parede, mas escrevendo na rua a relação entre movimento e pertencimento de suas histórias escritas por si e pelos seus. As carteiras, os livros e a mochila são construções da rua, ao ar livre, as pessoas transitam entre a parede da pele”, descreve o idealizador Brunno.

No mesmo dia, às 11 horas, na estação da Lapa, os espectadores poderão assistir ao solo “Escolhas” do Iguinho Imperador, representante do passinho no Rio de Janeiro. Artista, líder e um dos fundadores da primeira família (crew) de passinho do gênero, abordará a resistência e o papel transformador da cultura funk na vida dos jovens. Também sucederá uma oficina de passinho, expressão artística agora reconhecida como patrimônio cultural imaterial da cidade do Rio de Janeiro.

O projeto foi contemplado pelo edital Diálogos Artísticos – Bicentenário da Independência na Bahia e tem apoio financeiro da Fundação Cultural do Estado da Bahia, unidade vinculada à Secretaria de Cultura (Funceb/SecultBa) e será gratuito.

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