Por Matheus Souza
Dois homens foram mortos e um ficou ferido no último domingo (7) durante uma operação da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA) da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMSP) em Santos (SP), na Baixada Santista. As vítimas fatais tinham 26 e 29 anos.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) relatou que o caso ocorreu enquanto os agentes realizavam um patrulhamento no bairro São Bento e, supostamente, teriam avistado quatro homens armados. Os policiais contam que, ao acompanhar o grupo, foram recebidos a tiros e, no confronto, dois suspeitos acabaram mortos.
Ainda segundo a SSP-SP, o outro homem que foi baleado teria tentado invadir a área preservada para a perícia e agredir os policiais. Ele foi levado ao hospital Santa Casa, onde permaneceu sob cuidados médicos.
A região é a mesma onde, em 2024, o menino Ryan da Silva Andrade Santos, de quatro anos, e Gregory Ribeiro Vasconcelos, de 17, foram mortos durante uma operação da PM.
O que dizem os moradores
Lincoln Vinicius Polidoro, de 29 anos, é um dos mortos na operação. O rapaz era dono de um bar com a esposa na comunidade e deixa uma filha de sete anos e um bebê de quatro meses.
A irmã de Lincoln, Mary Caroline Polidoro, que também é moradora do bairro, contou em entrevista ao G1 que o irmão havia deixado o estabelecimento naquela noite para comprar um cigarro, quando acabou sendo atingido pelos disparos dos policiais.
Mary relata ainda que a PM tem rotineiramente efetuado operações do tipo na região, agindo com violência e irresponsabilidade. “Já tem um mês, mais ou menos, que os policiais chegam desse jeito. Eles não estão chegando pra prender, não, eles já chegam atirando, disse ao UOL.
Relatos de moradores e vídeos nas redes sociais mostram os policiais utilizando bombas e impedindo os familiares das vítimas de se aproximarem dos baleados. Os corpos, de acordo com Mary, só foram liberados na madrugada de segunda-feira (8).
O caso agora é investigado por um Inquérito Policial Militar e foi registrado como morte decorrente de intervenção policial e resistência na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos.
Com informações do G1 e UOL*


