Primeira audiência do caso Micael Silva acontece nesta terça-feira (14), dia em que a morte do menino completa dois anos

Dois anos após a morte de Micael Silva Menezes, de apenas 11 anos, a família do menino se prepara para a primeira audiência sobre o caso na justiça. A audiência será fechada e acontece nesta terça-feira (14), às 10h, no Núcleo do Júri do Ministério Público da Bahia, Avenida Joana Angélica, n° 1312, Nazaré, Salvador (BA).

Micael tinha apenas 11 anos quando foi morto a tiros, em 2020, durante operação da Polícia Militar no Vale das Pedrinhas, em Salvador (BA)

Por Jamile Novaes do Odara

Imagem: Reprodução

Dois anos após a morte de Micael Silva Menezes, de apenas 11 anos, a família do menino se prepara para a primeira audiência sobre o caso na justiça. A audiência será fechada e acontece nesta terça-feira (14), às 10h, no Núcleo do Júri do Ministério Público da Bahia, Avenida Joana Angélica, n° 1312, Nazaré, Salvador (BA).

“Eu só quero justiça. Que ele pague pelo que fez. Ele tirou a vida de uma criança! Se a justiça existe, que ela seja feita por meu filho também. Estou ansioso por essa audiência para saber quais são as intenções do juiz ou do promotor com a gente, porque não é possível que tenha levado dois anos para acontecer a primeira audiência”, afirma, indignado, Maurício dos Santos Menezes, pai de Micael.

Micael foi morto no dia 14 de junho de 2020, durante ação da Polícia Militar no Vale das Pedrinhas, em Salvador (BA). Segundo nota divulgada pela 40ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Nordeste de Amaralina), a polícia foi acionada para atender uma ocorrência de homens armados no local e a viatura foi recebida a tiros. 

“Houve troca de tiros e, ao cessar os disparos, os policiais encontraram um menino de 12 anos atingido, que foi socorrido para o Hospital Geral do Estado, onde não resistiu aos ferimentos”, afirmou a PM em trecho da nota.

No entanto, testemunhas e familiares de Micael, contam que não houve troca de tiros e que o menino tentava correr para se proteger dos tiros da polícia, quando foi atingido. Na época, uma testemunha que preferiu não se identificar, contou ao Correio que, após ser baleado, Micael pediu socorro e chegou a se abrigar na casa de uma moradora do local, mas foi retirado pelos PMs e jogado na viatura.

“Micael não é o primeiro e nem o último. Antes dele, várias crianças já faleceram, depois dele já aconteceu com vários e tudo eles dizem que é troca de tiro”, conta Joselita Silva, mãe do menino. 

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