Texto e Imagem: Divulgação
O Observatório Feminista do Nordeste, com apoio do Fundo Elas, promove no próximo sábado (13) a primeira edição do TedF NE. Com o tema “Mulheres negras falam”, o evento traz a contribuição de dez mulheres negras pernambucanas sobre atuação política nas periferias, e dentro das religiões; vivência LBTT+ e em partidos; e violência política. A transmissão acontece a partir das 14h no canal do youtube do observatório e no Centro de Cultura Luiz Freire, em Olinda, para quem se inscreveu no evento.
O objetivo do TedF NE é visibilizar o trabalho fundamental realizado pelas mulheres negras em vários campos políticos, reconhecendo essas atuações como potenciais transformadoras das realidades sociais. O evento também saúda o Novembro Negro, mês em que é celebrado o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra (20), marcando a importância das discussões e ações para combater o racismo e a desigualdade social no país.
Pernambuco e a busca por participação política das mulheres negras
Essa é mais uma iniciativa que integra a atuação de ativistas de Pernambuco pelo aumento da participação de mulheres negras nos espaços institucionais da política. O Observatório Feminista do Nordeste compõe a produção executiva do projeto Enegrecer a Política, que desde 2020 atua sobre as razões que impedem que mais pessoas negras do campo progressistas sejam eleitas. Em setembro lançou a campanha Enegreça Seu Voto, visando o aumento de candidatos negros e negras no pleito de 2020.
Além dessa iniciativa, Pernambuco também é o berço do projeto Mulheres Negras e Democracia, que realizou três edições do Fórum Nordeste Mulheres Negras e Poder e que lançou a campanha Eu Voto Em Negra também durante as eleições de 2020. A iniciativa acompanhou e instruiu mulheres negras candidatas de todo o Nordeste e também promoveu ações de conscientização sobre a falta de representatividade política negra voltada para os eleitores.
Confira as palestrantes do TedF NE
· Atuação política nas periferias
Ediclea Maria Santos da Silva, Mulher negra feminista antirracista periferica .sou ativista do movimento de mulheres Rede de mulheres negras de Pernambuco, Forum de mulheres de Pernambuco,Articulação de mulheres brasileiras,Educadora popular ,Coordenadora do Grupo Espaço Mulher e Promotora legal Popular. Moro na comunidade de Passarinho, periferia do município de Recife.
Sarah Marques, Co fundadora do Coletivo Caranguejo Tabaiares Resiste e Educadora Popular
· Atuação política LBTQIA+
Jarda Araújo, é travesti negra de 25 anos, moradora do Ibura. Desde cedo esbarro nas adversidades da vida, todavia me desdobro pra enfrentar os obstáculos e minimamente conseguir construir narrativas outras. Cotidianamente sigo com o compromisso de viver e isso é algo que internalizei e não abro mão. Ser travesti e negra são dois marcadores que não podem em nenhuma das hipóteses serem associados a precariedade, e meu compromisso é mostrar isso para todas aquelas que assim como eu, acreditam num futuro possível.
Patricia Naia, Patricia Naia é professora, Licenciada em Letras, escritora, poeta e produtora cultural.
· Atuação política em partidos
Gisele Tiburtino, negra, mãe, feminista e de candomblé, Sou doula e técnica de enfermagem e construo a marcha mundial das mulheres. É da luta junto as mulheres negras e periféricas que me forjo enquanto militante feminista, faço parte da corrente socialismo em construção e milito no PT. Está assessora parlamentar da mandata da vereadora Flávia Hellen.
Elisa Maria é militante da Consulta Popular e da Marcha Mundial das Mulheres. Pesquisadora do Instituto Popular Frei Caneca. Produtora Cultural colaboradora do Centro de Educação e Cultura Marcaxé do da Associação Cultural Nação Mulambo. É advogada formada pela Unicap e mestra em Justiça e Direitos Humanos na América Latina pelo Programa de Pós-graduação em Direito da UFPE.
· Atuação política e Violência Política
Piedade Marques, mestra em Estudos Africanos, coordenadora de relações institucionais da rede de mulheres negras de Pernambuco e coordenadora de articulação da rede de mulheres negras do nordeste. Liderança Feminina Negra do Programa Mariele Franco do Fundo Baobá.
Débora Aguiar é mãe de duas crianças, ativista por direitos humanos periférica, educadora popular, Advocacy social, egressa do sistema prisional e 1• Suplente a Câmara dos vereadores do Recife. É 1• suplente a câmara dos vereadores do Recife, mobilizadora nacional pelo desencarceramento na Rede nacional de Antiproibicionistas, faz parte da Agenda Nacional pelo desencarceramento e da Frente pelo desencarceramento de Pernambuco, construindo desde 2015 na região metropolitana do Recife ações direcionadas as mulheres mães e jovens negros, indígenas e periféricos, pautando a necessidade de lutar por políticas públicas efetivas que garantam o bem-viver a corpos e territórios dissidentes.
· Atuação política e Religião
Debora Oliveira, Mulher negra, nordestina, pernambucana do Agreste do Estado e evangélica. Débora Oliveira é estudante de comunicação, videomaker e realizadora audiovisual. Compõe o Coletivo Obirin, o Movimento Negro Evangélico em Pernambuco e a Rede de Mulheres Negras Evangélicas.
Gabriela Sampaio é Íyápetebí do Ilê Obá Aganjú Okoloyá – Neta carnal de Mãe Amara, Educadora popular e social , multiartista, Sócia-fundadora e Backvocal do Afoxé OyáAlaxé, Produtora executiva e cultural do Afoxé Oyá Alaxé, Balé Nagô Ajô, idealizadora do Coral Amadê Korin Nagô, Instituto Aqui tem Vida, Awá Produções Criativa, professora e pesquisadora de dança inclusiva, professora de danças populares e afro-brasileira e passista de frevo.
Serviço
O quê? TedF NE
Quando? 13 de novembro às 14h Onde? canal do youtube do Observatório Feminista do Nordeste