As interessadas devem encaminhar um e-mail para a organização com uma carta com um resumo da rede e as motivações da filiação
Por Patrícia Rosa
Imagem: Milena Sant’Ana
A Rede de Mulheres Negras do Nordeste (RMNE), que marca presença nos nove estados da região, convida mulheres negras a se filiarem à articulação. A rede surgiu em 2015 no processo de organização da Marcha de Mulheres Negras contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver, que mobilizou mais de cem mil mulheres em Brasília(DF). Com o intuito de fortalecer organizações, coletivos e mulheres negras atuantes na luta contra o racismo e o sexismo, a rede seguiu se organizando no pós marcha.
“A rede é um resultado de um processo histórico, porque na verdade já existia uma grande articulação do povo negro na região norte e nordeste, desarticulou-se entorno da década de 90, e agora já no século XXI a gente resolve retormar esse processo”, afirma Valdecir Nascimento, uma das organizadoras da Rede.
Valdecir fala da importância de alcançar novas organizações e novas filiadas, sobretudo jovens e mulheres negras. “O Nordeste é a região de maioria de população negra e consequentemente é a região de maioria de mulheres negras. É nesse território que travam-se lutas por garantia de direito. Mas, é nesse território onde todos os direitos são violados. Por isso é importante que as mulheres negras, jovens, meninas, estejam organizadas.”
Podem somar na rede, organizações, grupos associados e coletivos de mulheres negras ou grupos mistos, que serão representados por mulheres na Rede, de todo território nordestino. As organizações interessadas devem enviar para o e-mail negrasnonordeste.articulacao@gmail.com, uma carta de apresentação, com um resumo da atuação da organização e a manifestação do interesse da filiação na rede, do documento também será necessário anexar o nome da representante da organização e os contatos.
“É importante participar, cada organização que adentra a ela [a Rede] também se fortalece, além de fortalecer seu estado e seu território. Nós vamos manusear e acessar toda a tecnologia, para que a gente possa usar a nosso favor”, finaliza Valdecir.