Texto: Divulgação
Entre os dias 11 e 13 de setembro, o Instituto Cultural Bantu (ICBANTU) realiza o 1º Seminário Ginga de Resiliência, em Salvador (BA) e Vera Cruz (BA). A iniciativa gratuita é voltada para educadores do Projeto Katinguelê e aberta ao público, reunindo mestres, mestras, capoeiristas e educadores sociais em uma programação com palestras, rodas, treinos, percussão, trabalhos em grupo e celebração cultural. As inscrições estão disponíveis através de formulário virtual.
O seminário destaca a Capoeira Angola como tecnologia social, estratégia de educação e enfrentamento da violência. A proposta é discutir sua dimensão de ecossistema social e cosmovisão africana, fortalecendo práticas culturais que historicamente resistem à marginalização e ao racismo. O evento faz parte do Projeto Katinguelê Bantu, financiado pelo Edital Pronasci II, do Ministério da Justiça, que tem duração de 12 meses e atuação em Salvador, Lauro de Freitas, Ilhéus, São Paulo e Rio de Janeiro.
Coordenado por Edielson Miranda, Mestre Roxinho, fundador e CEO do ICBANTU, o encontro nasce de uma trajetória marcada por vivências de exclusão e transformação. Nascido na Ilha de Itaparica, ele encontrou na Capoeira Angola o caminho para a emancipação social. Sua atuação ultrapassou fronteiras: comunidades em situação de pobreza no Brasil, jovens refugiados na Europa e na Austrália, além de crianças vítimas do tráfico humano nas Filipinas já foram alcançados pelo trabalho do mestre.
“Pela primeira vez, conseguimos reunir e remunerar mestres e mestras em larga escala, alcançando milhares de pessoas em apenas 12 meses”, afirma Mestre Roxinho.
A programação se inicia nos dias 11 e 12 de setembro em Salvador, no novo núcleo do ICBANTU, em Fazenda Grande do Retiro, território simbólico para a trajetória de Mestre Roxinho. No dia 13, em Vera Cruz, a sede do Instituto recebe as atividades de encerramento, com caruru, samba de roda e a presença de mestres e mestras de destaque da Capoeira Angola, como Mestre Moraes, Mestre Poloca, Mestre Célio, Mestre Marrom, Mestre Pingo, Mestre Augusto Januário e Tatá Marinho, do Terreiro Matamba Tombenci.