Da Redação
A diarista Kássia da Silva, de 26 anos, denunciou a patroa à Polícia Civil, por agressões físicas. O caso ocorreu em Piedade, bairro nobre de Jaboatão dos Guararapes de Recife (PE), no último dia 23 de novembro. A trabalhadora foi a casa da patroa para cobrar o valor combinado do serviço prestado.
Na gravação a contratante, identificada como Cibele Aspasias, expulsa a trabalhadora da casa, que se recusa a sair até receber o pagamento combinado. “Não vou sair, me arrastem. Paguem o que vocês me devem”, disse Kássia no vídeo registrado por ela. A jovem estava com a filha nos braços e grávida de três meses. Ainda assim foi agredida com tapas por Cibele.
A diarista declarou ao Portal G1, que a patroa teria feito um acordo com ela para que dormisse no local de trabalho durante a semana, com o pagamento de R$1.500 por mês. A funcionária decidiu deixar o trabalho após quatro dias de expediente, por não aguentar fisicamente. De acordo com ela, o combinado foi que Cibele deveria pagar R$ 150,00 por dia. Ela prestava cerca de 16 horas de trabalho.
Kássia ainda declarou que foi ofendida com ataques racistas como, “negra macaca” e que “gente da cor dela não sabia fazer nada e que não presta para nada”.
“Liguei para a polícia e coloquei no viva-voz, e ela disse ‘você vai se arrepender’. Ela surtou, deu um tapa em mim e tomou meu telefone, dizendo que ia quebrar.”
A funcionária, mesmo gestante e dormindo no local de trabalho durante a semana, não tinha acesso livre a alimentação, tendo horários e comidas regradas. O caso foi registrado como crime de injúria racial, lesão corporal e ameaça.