Da Redação
Imagem: Reprodução Twitter
O Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal (MPT-DF) entrou com uma Ação Civil Pública na Justiça Trabalhista, pedindo o afastamento imediato de Sérgio Camargo da presidência da Fundação Palmares. A ação foi ajuizada na última sexta-feira (27) e divulgada nesta segunda (30), e será julgada pela 21ª Vara do Trabalho de Brasília.
O pedido de afastamento se deve a denúncias de assédio moral. De acordo com a investigação que durou um ano e conta com 16 depoimentos, entre ex-funcionários, servidores públicos concursados, comissionados e empregados terceirizados, Camargo é responsável por perseguição político-ideológica, discriminação e tratamento desrespeitoso contra funcionários.
O MPT pede que a Fundação Palmares e o gestor Sérgio Camargo sejam condenados, “a título de reparação por danos morais coletivos, no valor de R$ 200 mil, a serem pagos de maneira solidária”.
“Recado para imbecis e analfabetos funcionais. É minha prerrogativa como presidente da instituição exonerar esquerdistas e nomear conservadores. Isso não é assédio, suas antas. É dever moral! Não tenho que trabalhar com esquerdopatas nem com militantes vitimistas”, reagiu Sérgio Camargo em seu perfil no Twitter.
Em julho deste ano, a Coalizão Negra por Direitos chegou a apresentar uma denúncia contra o presidente da Fundação à ONU por violações de direitos humanos, afirmando que o mesmo fazia ‘constantes ataques ao patrimônio histórico e cultural da população negra’.
Nesta terça (31), o site da Fundação Palmares divulgou uma nota pública de esclarecimento onde afirma que : “Os servidores efetivos, competentes e comprometidos com a entidade, continuam ativamente trabalhando em suas atribuições, não havendo nenhuma perseguição ideológica. Neste sentido, a Fundação Cultural Palmares vem reafirmar que a atual gestão está comprometida com o povo negro e seu legado, respeitando a missão institucional da Entidade, independente de ideologia de governo”.