Por Karla Souza
Luan Araújo está enfrentando um processo judicial em São Paulo após o Ministério Público local solicitar sua condenação pelos crimes de injúria e difamação. As acusações surgem a partir de comentários considerados ofensivos contra a deputada federal Carla Zambelli (PL). O caso ganhou notoriedade quando Zambelli, aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro, perseguiu Araújo com uma arma na véspera do segundo turno das eleições de 2022, no bairro dos Jardins, em São Paulo.
A Procuradoria-Geral da República denunciou Zambelli em razão do porte ilegal de arma e constrangimento com emprego de arma de fogo. Em contrapartida, a deputada abriu um processo contra Araújo na Justiça paulista em razão de um artigo publicado por ele logo após o episódio. No texto, Araújo teria acusado Carla de seguir uma “seita de doentes de extrema-direita” e de cometer “atrocidades atrás de atrocidades”.
Luan, que é jornalista, teria se aproximado da deputada sem provocação prévia, conforme relata a promotoria. Em sua defesa, ele alegou que não cometeu nenhum crime, argumentando que estava apenas exercendo seu trabalho, amparado pela liberdade de expressão. Ele explicou que a discussão com Zambelli surgiu quando a viu pedindo votos ao recepcionista de um bar. Araújo também relatou ter ouvido um tiro durante o incidente, expressando temor pela sua vida e ressaltando o impacto emocional da situação.
O promotor Roberto Bacal, representante do MP, afirmou que “desde o início do desentendimento, houve ofensa gratuita e dolosa contra a deputada”, ele também efetuou uma petição no dia 6 de maio e deu parecer favorável à condenação de Araújo. A defesa de Zambelli argumenta que Araújo utilizou “um excesso de linguagem” ao se dirigir a ela, caracterizando um ataque à sua honra.
O processo segue sem julgamento.