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Ministério Público solicita a  prisão preventiva dos três PMs envolvidos na morte de Ana Luiza em Salvador (BA)

A jovem foi atingida enquanto descia as escadarias da rua em direção à sua casa no bairro da Egomadeira
Imagem: Reprodução Redes Sociais

Por Matheus Souza

O Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) denunciou à Justiça, na última sexta-feira (10), os três policiais militares (PMs) envolvidos na morte de Ana Luiza Silva dos Santos de Jesus, de 19 anos, no bairro de Engomadeira em Salvador (BA). O caso aconteceu em abril deste ano. As investigações apontam que a jovem foi atingida com um tiro pelas costas, enquanto os policiais disparavam contra um homem em fuga desarmado, numa das vielas do bairro. 

Ana Luiza foi baleada enquanto voltava da casa de uma amiga em direção à sua casa na mesma via. Os policiais teriam avistado um homem andando em via pública durante a patrulha e houve uma tentativa de abordagem. Os agentes, percebendo que o homem estava tentando fugir do local, começaram a correr e atirar na sua direção “mesmo sem qualquer prévia agressão contra a guarnição ou qualquer risco oferecido a terceiros”, relata o documento. 

Segundo a denúncia, os agentes militares, “mesmo tendo a clara visão da presença de Ana Luisa andando pelo beco, persistiram com a ação, assumindo o risco de provocar evento morte, mesmo de terceiros”. O homem teria conseguido fugir, com seu paradeiro e identidades desconhecidas.  A denúncia ainda aponta que os policiais tentaram forjar uma suposta situação de confronto armado com acionamento do Centro Integrado de Comunicações da PM e solicitação de reforço.

Ana Luiza cursava o terceiro semestre do curso de Estética. No momento em que foi atingida, a jovem foi levada para a viatura pelos policiais aos gritos de protestos dos moradores da região, que acompanharam toda a ação. Em uma das várias gravações realizadas na época do incidente é possível ver um dos agentes lançando uma bomba de gás contra pessoas que protestavam contra a ação. Ana Luiza chegou a ser encaminhada ao Hospital Roberto Santos, mas não resistiu aos ferimentos.

Os agentes do Pelotão de Emprego Tático Operacional da 23ª Companhia Independente de Polícia Militar (Peto/CIPM) foram denunciados pelo crime de homicídio, cometido por motivo torpe, com emprego de meio que resultou em perigo comum e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O Grupo de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp) também solicitou a decretação da prisão preventiva dos policiais envolvidos.

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