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Silvia Lerner lança livro sobre as vítimas esquecidas do Nazismo

A historiadora destaca a perseguição a minorias como homossexuais, negros e pessoas com deficiência durante o regime nazista
Imagem: Divulgação

Texto: Divulgação

Além dos judeus, diversos outros grupos também foram perseguidos pelos nazistas e enviados a campos de concentração, como pessoas com nanismo, com deficiências físicas e mentais, ciganos, comunistas, gêmeos, homossexuais, intelectuais, maçons, mulheres, negros e testemunhas de Jeová. Este é o tema do recém publicado livro “As vítimas esquecidas em tempos de intolerância: o nazismo”.

A autora da obra, a historiadora Silvia Lerner, afirma que se trata de um trabalho inédito sobre o tema no Brasil. O lançamento do livro ocorreu nesta quinta-feira (13), às 19h, na Livraria da Travessa de Ipanema, no Rio de Janeiro (RJ).

Filha de pais sobreviventes do Holocausto, Silvia Lerner desenvolve uma pesquisa sobre o nazismo, iniciada com a publicação “Arte em tempos de intolerância: Theresienstadt” (2021), em seguida, lançou “A música e os músicos em tempos de intolerância: o Holocausto” (2023), no qual analisou a produção musical dos judeus nos campos de concentração.

“Além dos judeus terem sido as principais e primeiras vítimas, os nazistas perseguiram outros grupos considerados uma ameaça ao conceito de raça superior, típico da ideologia nazista. Esses grupos incluíam aqueles que não concordavam com a nova política implantada na Alemanha”, comenta.

O livro inicia com uma contextualização histórica do período e da ideologia racial nazista. Cada capítulo é dedicado à uma minoria específica, apresentando histórias e relatos de sobreviventes. Lerner ressalta que, infelizmente, a obra é extremamente atual.

“O tempo em que vivemos é de muita intolerância, e isso vem de longa data. Sonho, como filha de sobreviventes do Holocausto, que um dia o ser humano aprenderá com a História e que ela jamais se repetirá”, completa.

No capítulo dedicado à população negra, Lerner explica que esta foi rotulada como uma “perigosa peste”, sendo perseguida, assassinada e esterilizada à força pelos nazistas. Sobre as mulheres, a autora destaca como, ao longo da história, enfrentaram opressão, sobrecarga e diversas formas de violência. 

O livro também destaca que a Alemanha foi o berço do primeiro movimento homossexual, mas, durante o nazismo, uma mudança na lei fez com que milhares de homens homossexuais fossem perseguidos, presos e mortos em campos de concentração. Muitos foram castrados ou receberam injeções hormonais com o intuito de alterar sua orientação sexual, procedimentos com taxas de letalidade extremamente altas.

Já as pessoas com deficiência física ou mental eram consideradas “inúteis” para a sociedade, uma ameaça à pureza genética ariana e, portanto, indignas de viver. Outros grupos como pessoas com nanismo, povos ciganos e testemunhas de Jeová, também são citados pela autora.

A obra, publicada pela Editora Rio Books, possui 264 páginas e já está disponível no site da editora, pelo valor de R$ 110.

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