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Cultura ballroom fortalece pautas da Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver

Encontro entre ballroom e a Marcha das Mulheres Negras evidencia como arte, ancestralidade e acolhimento constroem resistência e reivindicam direitos para a população negra LGBTQIAPN+
Imagem: Afirmativa

Por Elizabeth Souza

“1 Milhão de FQs Negras: A Revolução das Bonecas Kiki Ball” celebrou, na noite deste domingo (23), integrando a agenda da Semana por Reparação e Bem Viver, a força criativa, política e ancestral da cultura ballroom. O baile, que aconteceu no Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília (CET/UnB), integrou falas, apresentações musicais e uma Kiki Ball com dez categorias, reunindo artistas, lideranças e corpos que historicamente transformam cultura em tecnologia de resistência.

O evento trouxe à programação da Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver uma experiência que articula memória, celebração e reivindicação. No centro do palco, a cultura ballroom mostrou como sua trajetória, nascida da resistência de pessoas negras LGBTQIAPN+ nos Estados Unidos, na década de 1970, e recriada com identidade própria no Brasil, se alinha diretamente às pautas da Marcha.

Bruna Ravena, integrante do Comitê Nacional da Marcha representando o Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros (Fonatrans), destacou como essa articulação se inscreve numa linha de continuidade da ancestralidade trans negra.

“A ballroom carrega uma ancestralidade que nasce das experiências de pessoas trans negras norte-americanas, e aqui no Brasil buscamos reconhecer, valorizar e introduzir essa história como parte do nosso próprio patrimônio cultural. É uma tecnologia política que nos organiza, nos forma e nos acolhe”, afirma.

A ballroom sempre foi mais que uma cena artística, sendo uma forma de organização comunitária, amparo coletivo e afirmação de vidas. No baile realizado para a Marcha, essa herança foi reafirmada como atravessamento fundamental da luta antirracista e da defesa do Bem Viver da população negra LGBTQIAPN+.

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