Aos 66 anos morre Solimar Carneiro, fundadora e diretora do Instituto da Mulher Negra, em São Paulo

Solimar Carneiro também é responsável pela criação do Projeto Grio e Projeto Rappers, além de fazer parte da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB)

Solimar Carneiro também é responsável pela criação do Projeto Grio e Projeto Rappers, além de fazer parte da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB)

Por Daiane Oliveira

Imagem: Reprodução Instagram

A diretora e fundadora do Geledés Instituto da Mulher Negra, Solimar Carneiro, faleceu nesta terça-feira (11), aos 66 anos. A notícia foi divulgada pela Geledés, que lamentou a partida de Solimar e infornou que o sepultamento da ativista acontece nesta quarta-feira (12), no Cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes.

Através de uma nota a entidade relembrou alguns projetos da militante do movimento de mulheres negras em prol da juventude e mulheres negras no País. “Durante seus dois mandatos como presidente do Geledés, Solimar impulsionou projetos notáveis, como o Projeto Grio e o Projeto Rappers, concedendo voz e espaço ao Hip Hop como uma expressão cultural importante para a juventude negra. Além disso, ela foi uma incansável defensora da inclusão de pessoas negras no mercado de trabalho, dedicando-se a criar oportunidades por meio da promoção de cursos”, diz Geledés.

Solimar Carneiro fundou a Gelesés em 30 de abril de 1988, ao lado de figuras importantes do feminismo negro como as escritoras Maria Lucia da Silva e a Sueli Carneiro. Solimar foi presidente do instituto por dois mandatos, entre 2003 e 2009, época que também se dedicou a projetos de inserção de pessoas negras no mercado de trabalho, como é o caso do Promotoras Legais Populares (PLPs) de Geledés, projeto que busca capacitar mulheres negras para o exercício da cidadania e enfrentamento de violência e discriminação de gênero e raça.

Ainda na nota, Geledés também afirma que o legado deixado por Solimar será preservado. “Descanse em paz, Soli. Seu legado continuará a ser uma fonte de inspiração para as diferentes gerações de Geledés”. Solimar, que também esteve na criação da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), marcou gerações com seus ensinamentos e uma luta constante em busca da igualdade de raça e gênero no País.

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