Por Elizabeth Souza
Começou nesta segunda-feira (14) o 2ª mutirão nacional de votação do Plebiscito Popular pelo fim da escala 6×1, a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, isenção do imposto de renda para quem ganha até R$5mil e pela taxação dos ricos. As votações começaram no dia 1º de julho e vão até 07 de setembro, com diversos pontos de coleta espalhados pelo país. A votação também acontecerá online, de acordo com o Comitê da Executiva Nacional.
O objetivo da mobilização é ouvir e expressar a vontade popular em torno de pautas que assegurem os direitos e o bem-estar da classe trabalhadora. A partir desse movimento, busca-se pressionar os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para que essas demandas sejam efetivamente atendidas.
“É urgente taxar os mais ricos para isentar quem ganha até R$5.000 mensais, cobrar menos impostos para a classe trabalhadora e setores médios e garantir as políticas públicas. É necessário acabar com a escala 6×1 e reduzir a jornada de trabalho sem redução salarial para que o povo brasileiro tenha uma vida além do trabalho”, diz trecho de carta lançada no dia 08 de julho pela organização nacional do Plebiscito.
Como acontece
Para a organização do Plebiscito foram definidas três fases. A primeira é referente à formação das comissões estaduais e comitês locais que são responsáveis por tudo que envolve as atividades naquela determinada região. A segunda fase diz respeito à votação popular que acontece até 07 de setembro de 2025.
Na fase três, o resultado das urnas será entregue ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF) para pressionar os Poderes pela efetivação das pautas sociais defendidas pelo movimento. A divulgação do resultado nacional do Plebiscito está prevista para acontecer no dia 06 de outubro de 2025.
Votação
De acordo com instruções repassadas em cartilha pela Comissão Executiva Nacional do Plebiscito, qualquer lugar pode se tornar um ponto de votação: igrejas, terreiros, sindicatos, escolas, associações de bairro, feiras, cozinhas solidárias, celebrações religiosas, e qualquer pessoa comprometida com a causa pode organizá-lo. Encontre a urna mais próxima de você aqui.
Para que o processo de votação ocorra, é importante que o local de votação possua o mínimo de estrutura adequada para a realização da atividade, contendo mesa, cadeira, canetas, urna, material explicativo, etc, além de uma pessoa responsável que deve manter contato com a comissão organizadora.
As urnas precisam estar cadastradas em plataforma virtual indicada pela comissão nacional. Além disso, é necessária a impressão de cédulas e listas para anotar o nome e os dados do votante, tendo em vista que todos os votos devem ser registrados com nome na lista. Para cadastrar urnas, clique aqui.
Voto online
As votações do Plebiscito Popular têm ocorrido presencialmente em todo o país, mas, para ampliar o acesso e facilitar a participação, a organização anunciou que em breve também será possível votar online. A informação foi divulgada recentemente no perfil oficial do Plebiscito no Instagram, que informou que a abertura dessa nova modalidade acontecerá por meio do site da campanha. Ponto de vista reforçado na carta divulgada pela Comissão Executiva Nacional.
“O trabalho de rua permite realizar educação popular e dialogar com os trabalhadores e trabalhadoras mais distantes das organizações populares. Já a votação online ativa nossa base social engajada e expressa nossa força já consolidada. Essas são frentes distintas, que se complementam na construção de uma maioria social em torno do nosso projeto de país.”
Formação
No próximo dia 17 de julho, o movimento também oferecerá o “Curso Nacional de Multiplicadores do Plebiscito Popular”, que acontece até o dia 29 do mesmo mês. O intuito é incentivar as pessoas a organizarem o Plebiscito em suas regiões fortalecendo as pautas centrais: taxação dos ricos, fim da escala 6×1 e isenção do imposto de renda para quem ganha até R$5 mil. A formação é online e os participantes receberão certificado emitido pela Escola do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Inscreva-se aqui.
