Documentário interativo que celebra legado das mulheres afro latino-americanas e caribenhas estreia no Festival Latinidades

Trazendo depoimentos de 14 ativistas, a produção será exibida entre os dias 25 e 27 de julho, no Museu Nacional, em Brasília (DF)

Texto: Divulgação

O documentário interativo “Afrolatinas: 30 anos em movimentos”, dirigido por Viviane Ferreira, celebra patrimônios e legados das Mulheres Afro Latino-Americanas e Caribenhas e será lançado no Festival Latinidades, de 25 a 27 de julho, no Museu Nacional, em Brasília. A produção apresenta depoimentos de 14 mulheres ativistas, oferecendo uma experiência imersiva pelos legados das mulheres negras através de cenários da natureza em uma plataforma de realidade virtual.

Com o objetivo de proporcionar uma viagem pela luta por equidade de gênero e raça, o documentário retrata as trajetórias e contribuições de mulheres negras na região, especialmente aquelas cujas histórias são pouco conhecidas ou registradas. Entre as personalidades ouvidas estão Nilza Iraci, ativista e presidente do Geledés; Lucia Xavier, fundadora da ONG Criola; Nilma Bentes, socióloga e ativista; Valdecir Nascimento, coordenadora executiva do Odara – Instituto da Mulher Negra; e Epsy Campbell, ex-vice-presidenta da Costa Rica.

Viviane Ferreira define “Afrolatinas” como um manifesto de inspiração e um documento histórico sobre as lutas, saberes e fazeres de mulheres negras na América Latina. “Queremos honrar o legado e os movimentos dessas mulheres que são patrimônios vivos de nossa história”, afirma a cineasta. 

Além dos depoimentos, o documentário explora a história e os impactos do Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha, instituído em 1992, e a relevância do Festival Latinidades, que se transformou no maior evento dedicado às mulheres negras da região.

Jaqueline Fernandes, CEO do Instituto Afrolatinas, destaca que o festival, iniciado há 17 anos, se tornou uma plataforma que gera renda e celebra as contribuições das mulheres negras para a sociedade. “Para mim, contar a história do dia da mulher negra e como ela inspirou a criação do Festival Latinidades é a realização de um sonho”, comenta Fernandes. A produção utiliza pesquisa de acervos, entrevistas e recursos digitais, combinando imagem, texto e som com linguagens artísticas como fotografia, artes visuais, literatura e música.

A experiência imersiva do documentário permitirá ao público explorar os conteúdos de forma interativa, utilizando uma plataforma de jogos em realidade virtual. Os cenários naturais, escolhidos pelas entrevistadas, simbolizam a mata, a terra e a água, e permitem que o público vivencie as histórias dos movimentos sociopolíticos em ambientes especialmente criados.

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