Por Elizabeth Souza
Com 44 anos de tradição na cidade do Recife (PE), o Pagode do Didi, Patrimônio Vivo de Pernambuco e Patrimônio Cultural Imaterial do Recife, virou filme e já tem data de estreia. O Cinema São Luiz, no bairro da Boa Vista, receberá a primeira sessão do documentário ”Pagode do Didi, nosso ponto de encontro” no próximo sábado (31), a partir das 16h. Os ingressos são gratuitos e estarão disponíveis na bilheteria uma hora antes da exibição.
Dirigido por Maysa Carolino, o filme conta a história da famosa roda de samba que ilumina as noites de sextas-feiras da capital pernambucana. Também conhecido por “conservatório do samba”, e permeado por capítulos que contam a história da cidade, o Pagode do Didi é localizado no reduto boêmio da capital, no bairro de Santo Antônio, por trás do histórico prédio dos Correios.
“A realização do filme e do evento de inauguração é pretendida como uma homenagem a toda essa história e à cultura popular que perdura nas ruas do centro do Recife”, destaca Maysa, que construiu o filme ao lado de um grupo composto majoritariamente por estudantes universitários da graduação de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
O documentário, financiado pelo Edital do Audiovisual Geraldo Pinho da Lei Paulo Gustavo (LPG) de 2023, foi gravado durante os três meses em que a roda de samba esteve interditada, entre março e junho de 2024. A obra apresenta a história de personagens importantes para a construção, resistência e permanência do Pagode, como o próprio idealizador, o Mestre Didi.
São memórias, histórias, versos e prosas que a partir do dia 31 de maio também serão contados na tela de outro equipamento clássico que é a cara do Recife: o Cinema São Luiz. Logo depois da exibição do filme, do lado de fora do Cinema, acontecerá a tradicional roda de rua do Pagode do Didi, com show de músicos muito conhecidos do samba recifense, como Maria Pagodinho, Gerlane Gell e Mell Mocidade.