Por Matheus Souza
No dia 17 de maio, Salvador e Região Metropolitana (RMS) chegaram à assustadora marca de 5.000 tiroteios registrados, segundo dados do Instituto Fogo Cruzado, que realiza o levantamento desde 2022. A maioria das trocas de tiro ocorreram durante homicídios e tentativas (2.290 casos), ações policiais (1.851) e tentativas de roubo (523). O levantamento também aponta 108 chacinas, que somaram 401 mortes.
Ao todo, os confrontos armados na capital e RMS resultaram em 4.837 pessoas baleadas, 3.839 mortas e 998 feridas. A média mensal é de 138 vítimas por disparo de arma de fogo. Entre os bairros mais afetados em Salvador estão:
- Beiru/Tancredo Neves – 113 tiroteios, 73 mortos, 31 feridos;
- Pernambués – 103 tiroteios, 56 mortos, 13 feridos;
- Lobato – 101 tiroteios, 81 mortos, 19 feridos;
- Fazenda Grande do Retiro – 100 tiroteios, 88 mortos, 22 feridos;
- Valéria – 86 tiroteios, 60 mortos, 16 feridos;
- Fazenda Coutos – 85 tiroteios, 53 mortos, 12 feridos;
- São Cristóvão – 82 tiroteios, 70 mortos, 13 feridos.
A capital baiana concentra a maior parte dos registros, com 3.679 tiroteios, seguida por Camaçari (508) e Lauro de Freitas (202). Confira a lista completa abaixo:
- Salvador – 3.679 tiroteios, 2.655 mortos, 769 feridos;
- Camaçari – 508 tiroteios, 460 mortos, 94 feridos;
- Lauro de Freitas – 202 tiroteios, 152 mortos, 44 feridos;
- Dias D’Ávila – 126 tiroteios, 119 mortos, 16 feridos;
- Simões Filho – 126 tiroteios, 115 mortos, 19 feridos;
- Mata de São João – 98 tiroteios, 92 mortos, 13 feridos;
- Candeias – 75 tiroteios, 85 mortos, 9 feridos;
- Vera Cruz – 69 tiroteios, 56 mortos, 13 feridos;
- Madre de Deus – 35 tiroteios, 30 mortos, 6 feridos;
- São Sebastião do Passé – 27 tiroteios, 20 mortos, 9 feridos;
- São Francisco do Conde – 22 tiroteios, 24 mortos, 2 feridos;
- Itaparica: 20 tiroteios, 22 mortos, 3 feridos;
- Pojuca: 13 tiroteios, 9 mortos, 1 ferido.
O Instituto Fogo Cruzado trabalha na produção e divulgação desses números sobre a violência armada também no Rio de Janeiro, Recife e Belém. Os dados são do monitoramento em tempo real realizado pelo instituto, por meio de um aplicativo com banco de dados aberto. As informações podem ser acessadas gratuitamente por meio de uma API ou aplicativo disponível para Android e iOS.
