Juventude Indígena produz carta para deputados e senadores do Congresso Nacional

O Acampamento Terra Livre (ATL), movimento feito pelos povos indígenas na  Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF) desde terça-feira (05), realizou uma roda de conversa com a fundadora do Movimento da Juventude Indígena,

Da Redação*

Imagem: Matheus W Alves/Futura Press

O Acampamento Terra Livre (ATL), movimento feito pelos povos indígenas na  Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF) desde terça-feira (05), realizou uma roda de conversa com a fundadora do Movimento da Juventude Indígena, Txai Suruí; a deputada federal Vivi Reis (PSOL-PA); a senadora Eliziane Gama (Cidadania-Ma) e a ex-ministra Marina Silva (Rede-AC).

O debate foi pautado com o intuito de, não só estreitar laços entre as parlamentares e os povos indígenas do Norte do país, como também expor a realidade vivenciada por eles.  Em consequência do ato, os indígenas conseguiram duas reuniões na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

O Movimento da Juventude se responsabilizou por escrever uma carta aos parlamentares e pré-candidatos a fim de trazê-los à causa indígena. Além disso, o grupo aproveitará a presença no Congresso Nacional para aumentar a coleta de assinaturas para tal feito.

De acordo com Txai em entrevista ao Correio Braziliense, um dos objetivo é dar visibilidade, principalmente, à situação hidroelétrica  na Rondônia,  “Queremos mostrar o problema que está acontecendo em Rondônia com a construção da hidrelétrica Tabajara. Os povos Araras e Gavião serão afetados por esse projeto, que passa pela bacia hidrográfica deles, e os técnicos estão falando que não. Eles não foram consultados nas avaliações. São danos como enchentes, mudança no curso do rio, cuja influência é direta na quantidade de peixes, que é o alimento deles”, contou a fundadora.

A líder da juventude de Rondônia, Camila Puruborá, representando os povos Kujubim Migueleno, Wuajuru e Guarasugwe, relatou a falta de representatividade no Congresso e nos estudos que envolvem a hidrelétrica “Vocês acham que a Funai está perto para resolver nosso problema, mas estão distantes, além do problema com a falta de representatividade”, declarou.

Segundo a líder do movimento, a participação das políticas na roda de conversa poderá, finalmente, dar a eles a chance de serem ouvidos, “A vinda delas é importante para sermos ouvidos. Elas nos defendem, mas muitas não conhecem a realidade. Assim, alguma coisa pode ser feita, podemos ter uma devolutiva”, finalizou Camila.

*Com informações do Correio Braziliense.

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