Médico que acorrentou caseiro negro em fazenda de Goiás é condenado a pagar R$ 300 mil de indenização

O médico Márcio Antônio Souza Júnior, foi condenado a pagar 300 mil reais de indenização por danos morais coletivos, após filmar um caseiro negro acorrentado pelos pés

Da Redação

Imagem: Reprodução

O médico Márcio Antônio Souza Júnior, foi condenado a pagar 300 mil reais de indenização por danos morais coletivos, após filmar um caseiro negro acorrentado pelos pés, mão e pescoço em uma fazenda, na cidade de Goiás (GO). A condenação ocorreu por racismo recreativo.

A defesa do réu afirmou que recorrerá da sentença e que o médico não teve a intenção de ofender o caseiro. “Reitera ser inocente e que não teve qualquer intenção de ofender, menosprezar, discriminar qualquer pessoa ou promover esse tipo de atitude, inaceitável em nossa sociedade. Recorrerá contra essa injusta condenação ao Tribunal de Justiça”, declarou a defesa por nota enviada ao Portal Uol Notícias.

A decisão foi da juíza Erika Barbosa Goes Cavalcante, a  indenização por danos coletivos, será dividida entre a  Associação Quilombo Alto Santana e a Associação Mulheres Coralinas, instituições que trabalham no combate ao racismo e pela inserção de mulheres no mercado de trabalho .

“Trata-se de um vídeo absolutamente criminoso, evidenciando o crime de racismo contra uma pessoa negra, com apetrechos utilizados na época da escravidão, motivo porque não há que se falar que foi uma brincadeira, em razão de ser crime o racismo recreativo”, diz a magistrada em decisão.

Entenda o caso

O crime aconteceu em fevereiro de 2022, na fazenda Jatobá, localizada na Cidade de Goiás. No vídeo o médico expõe o caseiro, preso a correntes. “Falei para ele estudar, mas ele não quer. Então, vai ficar na minha senzala”, diz o médico.

Após a repercussão do caso, o médico publicou um vídeo, onde diz que a filmagem era uma brincadeira e que não teve a intenção de magoar ou fazer apologia ao racismo.

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