Mulher trans tem 40% do corpo queimado por ex-companheiro na Bahia

Uma mulher transexual foi vítima de um ataque, na manhã de sábado (11), em Itabuna, no sul da Bahia. O ex-companheiro da vítima, um homem de 44 anos, que não teve o nome divulgado, teria jogado álcool e depois ateado fogo na mulher após um desentendimento.

Por Daiane Oliveira

Uma mulher transexual foi vítima de um ataque, na manhã de sábado (11), em Itabuna, no sul da Bahia. O ex-companheiro da vítima, um homem de 44 anos, que não teve o nome divulgado, teria jogado álcool e depois ateado fogo na mulher após um desentendimento.

A vítima acompanhava o pai em um procedimento cirúrgico em um hospital na cidade de Itabuna, quando marcou uma conversa com o ex-companheiro nos fundos da unidade de saúde. Após uma briga, o crime foi cometido. A mulher entrou no hospital com o corpo em chamas e a equipe de segurança ajudou de forma imediata, assim como os primeiros socorros foram feitos na unidade. Diante das queimaduras por todo o corpo, a vítima foi transferida para o Hospital Geral do Estado, em Salvador.

O suspeito foi autuado em flagrante por tentativa de feminicídio ainda na manhã do sábado, onde segue preso à disposição da Justiça. Segundo nota da Polícia Civil, a motivação do crime está sendo apurada.

Relembre o transfeminicídio de Roberta da Silva em Pernambuco

No dia 24 de junho de 2021, em Recife, Roberta da Silva (33 anos) deu entrada em um hospital na capital de Pernambuco com 40% do corpo queimado. A vítima faleceu no dia 09 de julho, no Hospital da Restauração (HR) por falência respiratória e renal.

Roberta Santos vivia em situação de rua, quando um adolescente ateou fogo na mulher trans. Durante o tratamento, Roberta teve um braço completamente amputado e parte do outro devido à gravidade dos ferimentos que apresentou necrose.

Nikolas Ferreira e o ódio às mulheres trans na política

Enquanto os casos de violência contra as mulheres trans seguem no país, o parlamentar Nikolas Ferreira subiu ao plenário da Câmara usando uma peruca loira e se apresentou como Nikole, proferindo comentários transfóbicos na sessão em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, em 8 de março.

A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP), uma das primeiras mulheres trans no Congresso, iniciou na quinta-feira (9), um abaixo assinado pedindo a cassação do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) pelo crime de transfobia. O deputado federal também foi denunciado ao Conselho de Ética da Câmara e teve a fala repudiada por outros congressistas. O abaixo assinado já soma mais de 347 mil assinaturas pedindo a cassação do deputado transfóbico.

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