Novo caso de homem gay encontrado com saco plástico na cabeça em São Paulo coloca comunidade LGBTIA+ em alerta

Wellington Henrique Cirino Cardoso, de 25 anos, se tornou mais uma das vítimas de crimes de homofobia que vêm chamando atenção em São Paulo. O estudante de administração foi encontrado morto em seu apartamento, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, após o carnaval.

Da Redação
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Wellington Henrique Cirino Cardoso, de 25 anos, se tornou mais uma das vítimas de crimes de homofobia que vêm chamando atenção em São Paulo. O estudante de administração foi encontrado morto em seu apartamento, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, após o carnaval.

De acordo com informações do site UOL, o jovem enviou uma mensagem para a doméstica no dia 2 de março, informando que estaria fora de casa. “Amanhã eu vou passar o dia todo fora, e quando você chegar eu não vou estar em casa”, escreveu.

Depois disso, não retornou mais nenhuma mensagem, nem de amigos, nem dos familiares, nem do ex-marido, que pediu a um sócio para ir ao apartamento verificar se estava tudo bem. Lá ele foi encontrado morto com um saco na cabeça, o pescoço amarrado com uma camiseta e sinais de asfixia. Estava vestido com um terno azul e segurava uma taça de vidro.

No local, também foram identificados vestígios semelhantes a drogas, cartões de crédito espalhados pela cama e uma camisinha fora da embalagem ao lado do corpo. A Polícia trabalha com suspeitas de homicídio ou suicídio.

O caso acendeu um alerta e chamou atenção para a possibilidade de um possível assassino em série atacando homens gays, já que é o segundo crime envolvendo a morte de um homem gay encontrado com um saco plástico na cabeça, na capital paulista. Apesar das semelhanças, a Secretaria de Segurança Pública informou que não há relações comprovadas entre os casos.

O ator Luiz Carlos Araújo, de 42 anos, que participou da novela “Carinha de Anjo”, do SBT, foi a primeira vítima com quem o caso tem sido relacionado. Luiz também foi encontrado por amigos em sua casa, na rua Aurora, no centro, no dia 11 de setembro. Ele estava deitado em sua cama, e com a cabeça coberta com saco plástico.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, e os laudos apontam morte por asfixia, mas sem sinais de violência. A tese policial é de que o uso de drogas, medicação e álcool por parte do ator teria causado um rebaixamento de seu nível de consciência, levando-o a um quadro de asfixia acidental.

A família não acredita na hipótese, e revelou que os policiais não tiveram acesso ao smartphone da vítima, que poderia ter conteúdos que esclarecessem as circunstâncias da morte do ator.

Em 2021, a polícia prendeu José Tiago Correia Soroka, de 33 anos, que confessou ter matado três jovens gays em Santa Catarina e em Abelardo Luz, no Paraná. Soroka tinha um método parecido com o que se repete nas mortes recentes, o de asfixiar as suas vítimas, homens gays que moravam sozinhos.

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